Centenas de produtores de alfarroba manifestaram-se no passado dia 29 de julho, pelas 18 horas, frente à Câmara Municipal de Loulé, para exigir medidas concretas do Governo para travar os roubos diários deste fruto na Região Algarvia.

Os agricultores acusam a Ministra de Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, de ter há mais de um ano a possível solução para evitar ou minimizar os roubos de alfarroba.

Segundo Horácio Piedade, Presidente do Agrupamento de Produtores de Alfarroba e Amêndoa (AGRUPA), foi criado um documento que deu origem a uma proposta de Lei que está há um ano na gaveta da Senhora Ministra. Esse documento resultou de um grupo de trabalho criado pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, que juntou a AGRUPA, a ASAE, a Autoridade Tributaria, a GNR e a AMAL.

Os produtores reconhecem o esforço que a GNR faz no patrulhamento dos campos, complementado por muitos produtores que percorrem os terrenos várias vezes ao dia para evitar que grupos organizados roubem descaradamente.

Macário Correia ex-autarca em Tavira e Faro esteve presente na qualidade de produtor afirmou também que o documento que aguardam pela publicação há cerca de um ano poderia evitar muitos roubos ao associar a venda da alfarroba às cadernetas prediais, documento da conservatória e ao parcelário que os produtores facilmente têm e podem apresentar e que quem rouba não tem esses documentos para apresentar no momento da venda.

Como medida mais drástica, foi anunciado que a AGRUPA pensa reunir os seus cerca de 400 sócios para tomar uma medida tão grave como seria o corte da EN 125 ainda durante o Verão.

No final da manifestação foi entregue uma carta ao Presidente da Camara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, para que a faça chegar à Ministra da Agricultura.