Rui Oliveira (UAE Emirates) olha para o futuro com os objetivos bem delineados, a começar pela Vuelta e pelos Mundiais deste ano, num caminho que, espera, o conduza até ao pódio nos Jogos Olímpicos Paris2024 no ciclismo de pista.

“É uma temporada na qual já tenho tido bastantes corridas, a preparação foi mais focada nas clássicas, onde tive bons resultados e boas prestações. Não consegui estar mesmo na discussão da vitória em nenhuma delas, mas estive lá perto”, recordou à Lusa o jovem da UAE Emirates.

Com dois ‘top 20’ em semi-clássicas belgas esta época, e outro numa etapa do Paris-Nice, o gaiense, de 24 anos, tem-se afirmado no pelotão internacional e, embora os resultados nas provas de um dia tenham ficado aquém do que esperava, Rui Oliveira acredita que essas experiências foram “importantes” para o seu “crescimento nas clássicas”, onde tem “bastantes ambições”.

A confiança adquirida nos últimos meses nota-se no discurso do vice-campeão europeu de Madison (juntamente com o gémeo Ivo), que não esconde ter “grandes objetivos” para os próximos meses, nomeadamente estar – “e bem” na Volta a Espanha.

“Em princípio, o Tadej [Pogacar] vai estar lá como líder novamente e, se tiver alguma etapa em que possa fazer alguma coisa, vou lutar por um resultado”, assumiu, nos ‘bastidores’ da Volta ao Algarve, cuja 47.ª edição termina hoje com uma ligação entre Albufeira e o alto do Malhão.

Rui Oliveira, que foi oitavo na primeira e na terceira etapas desta ‘Algarvia, aponta também aos campeonatos do mundo de estrada, agendados entre 18 e 26 de setembro, no ‘paraíso’ dos ‘classicómanos’, a Flandres, reconhecendo que tem “grandes expectativas de lá estar e de fazer um bom resultado”.

Fora das ‘contas’ do mais ‘rápido’ dos irmãos Oliveira – pelo menos, na estrada - está a presença em Tóquio2020.

“Certamente, não será para mim, porque a corrida [de estrada] é bastante dura, tem mais de 5.000 metros de [desnível] acumulado. Temos outros corredores, um lote de cinco ou seis em que qualquer um pode ir, e vamos estar muito bem representados com eles, mas não comigo”, afiançou.

Tal como o irmão Ivo, também Rui não esconde a mágoa pelo apuramento falhado na pista para Tóquio2020.

“Foi só por um lugar… um lugar que nos impediu de ir aos Jogos. Completamente frustrante, mas vamos para Paris2024 com outras ambições e, certamente, lutar para estar lá e discutir as medalhas”, assumiu.