Depois de oito anos no cargo – venceu nas eleições autárquicas de 2013, 2017 e nas intercalares de 2019 – o também médico luta agora por um último mandato que permita “prosseguir o trabalho ainda curso” em áreas como o abastecimento de água e saneamento”, a “requalificação urbana” ou o desenvolvimento de projetos turísticos privados “há duas décadas no papel e agora em curso”, afirmou o candidato à agência Lusa.
Caso seja eleito, Francisco Amaral cumpriria o seu oitavo mandato autárquico como presidente de Câmara, depois de ter liderado o município de Alcoutim entre 1993 a 2013 (ano em que a lei de limitação de três mandatos consecutivos começou a produzir efeitos) e de ter assumido a presidência da autarquia vizinha de Castro Marim nos últimos oito anos, com vitórias em 2013, 2017 (com perda de maioria absoluta) e em 2019 (nas intercalares que devolveram a maioria ao PSD).
“Como se sabe, houve as eleições intercalares há dois anos, porque a oposição maioritária obstaculizava permanentemente e, para não penalizar mais o concelho, eu e a minha equipa pedimos a demissão, exigimos eleições intercalares e o resultado foi concludente, tivemos quase o dobro da votação da oposição, o que mostra bem que a população estava a par da situação”, explicou o candidato do PSD.
Francisco Amaral disse que, após as intercalares de 2019, o PSD recuperou a maioria absoluta e pôde “acabar com a obstaculização” que era feita pela oposição do PS e do Movimento Independente Castro Marim Primeiro, que tinha ficado com três dos cinco eleitos em 2017, contra dois dos social-democratas, que se mantiveram como força mais votada.
Agora, já “em velocidade cruzeiro” para “tentar recuperar tempo perdido”, a Câmara de Castro Marim tem “várias obras a decorrer”, como a “requalificação do centro da vila de Castro Marim”, a “criação do centro de atividade náuticas da barragem de Odeleite” ou a construção de novas ciclovias, destacou.
“Este trabalho requer uma continuidade. Só descanso quando houver ciclovias a ligar as populações aqui à volta de Castro Marim, o passadiço de Altura que fizemos também tem de ser ligado a Monte Gordo [no concelho de Vila Real de Santo António], ainda há povoações que não têm água e temos de levar lá a água, e a rede de saneamento básico de Castro Marim tem 70 anos, há que renovar estas redes e também requalificar o Castelo e o forte para torná-los mais visitáveis”, adiantou o autarca.
O candidato do PSD considerou que a população do concelho “percebeu o bloqueio que a oposição estava a fazer” à gestão autárquicas do PSD, antes das eleições intercalares de há dois anos, e mostrou-se “convencido” de que “não vai voltar atrás” e vai poder manter a maioria absoluta na autarquia para o seu “último mandato” como autarca.
“Eu quero voltar à medicina, ter tempo para mim e a minha família, os meus hobbies - a pesca, a caça, e vou reformar-me de vez da política”, garantiu, elogiando as capacidades da sua vice-presidente, Filomena Sintra, como possível sucessora após a sua saída da política.
Nas eleições intercalares de 2019, o PSD recuperou a maioria absoluta que perdera em 2017 e ficou com três dos cinco eleitos, contra dois do PS.
Além de Francisco Amaral, é também candidata à Câmara de Castro Marim a agente imobiliária Paula Sofia Santos, pela CDU.
As eleições autárquicas realizam-se em 26 de setembro.