A candidatura do Nós, Cidadãos! pelo Algarve, liderada pelo escritor e editor algarvio Nuno Campos Inácio mostra-se bastante preocupada com a extinção do apoio ao Ensino Articulado de Música

As reduções orçamentais decididas pelo Governo fazem com que nenhuma das turmas de 5.º ano dos concelhos do Barlavento algarvio e de Loulé disponha dessa modalidade de ensino, deixando de fora da aprendizagem da música mais de 100 crianças algarvias só nos estabelecimentos afectos à Academia de Música de Lagos (Academia de Música de Lagos e conservatórios de música de Portimão, de Lagoa e de Loulé).

Nuno Campos Inácio considera inadmissível que as regras sejam mudadas a meio do jogo pois, só a dois dias úteis do início das aulas os pais dos alunos do 5.º ano estão a ser informados de que o Ensino Articulado deixou de ser comparticipado e terão que pagar uma mensalidade, isto depois de os alunos terem sido sujeitos a exames próprios, terem escolhido propositadamente escolas com ensino articulado de música (algumas afastadas da sua área de residência) e terem sido colocados em turmas especiais de música, sendo que alguns desses alunos já frequentam o Conservatório desde os 4 e 5 anos de idade.

Nuno Campos Inácio enaltece o fantástico trabalho realizado pelos vários conservatórios do país, destacando os do Algarve, por ser uma realidade que conhece de perto. Está em causa a valorização de uma geração de novos músicos que muito têm contribuído para a dinamização cultural da região algarvia, realizando espectáculos em toda a região, um pouco por todo o país e, inclusive, além-fronteiras, elevando o nome do Algarve. Esta situação defrauda as espectativas dos alunos do 5.º ano, tornando-se desanimador, principalmente para as crianças que já frequentavam o conservatório e que, provavelmente, terão que abandonar o ensino da música, ficando em causa o trabalho de professores e funcionários destas instituições.

A candidatura pelo Algarve do Nós, Cidadãos! protesta contra esta decisão do Ministério da Educação e compromete-se a, logo a seguir à tomada de posse em caso de eleição, levar esta questão ao novo Ministério da Educação que sair do próximo acto eleitoral.

 

Por Nós Cidadaõs