Gestão Socialista Louletana | Balanço de mais um ano perdido

09:40 - 05/11/2015 POLÍTICA
Ao cumprir o segundo ano de mandato, Vítor Aleixo e a sua equipa ainda não foram capazes de efetuar o balanço desse segundo ano de gestão autárquica, porquanto para além da gestão corrente da Autarquia, para a qual se têm limitado a deixar a câmara municipal funcionar, nada têm para apresentar que não seja o desenvolvimento e/ou a conclusão das obras deixadas pelo anterior executivo Social-Democrata liderado por Seruca Emídio.

O paradoxo da gestão Socialista tem sido afirmar, até à exaustão, as dificuldades financeiras herdadas. Quando o que é verdade, e os factos não o permitem desmentir, é que a gerência Socialista não tem sido capaz de executar obra correspondente às disponibilidades financeiras que a autarquia louletana possui desde que tomaram conta dos destinos do nosso município.

Assim, o saldo de Tesouraria e Bancos ultrapassava os 19 milhões de euros (€ 19 223 528) em 31 de dezembro de 2013, atingiu os 24 milhões de euros (€ 24 000 664) em 31 de dezembro de 2014 e fixou-se em quase 40 milhões de euros (€ 39 984 380) em 27 de outubro do presente ano, conforme documento aprovado na última reunião de câmara. Uma disponibilidade financeira que permitia dar continuidade ao desenvolvimento do Concelho. E no que respeita ao concelho de Loulé, os cerca de 40 milhões de Euros existentes em Tesouraria e Bancos são mais que suficientes para resolver todos os problemas ainda existentes relativos ao abastecimento de água e redes de esgotos, sem com isso esgotar a capacidade de realizar muitas outras obras necessárias para o desenvolvimento e bem-estar das nossas populações. Justifica-se por isso a seguinte pergunta: Quantas câmaras municipais deste país possuem quase 40 milhões de euros imobilizados em bancos ao invés de efetuar os investimentos que os respetivos concelhos necessitam?

Para que os nossos concidadãos possam melhor perceber a perda de dinâmica empreendedora do atual executivo municipal, importa que saibam que a despesa de capital média anual da Câmara Municipal de Loulé nos últimos dois anos se tem situado em cerca de metade da despesa de capital média anual de todo o período da gestão Social-Democrata. Uma evidência que podemos também confirmar através da diminuição das receitas de Fundos Comunitários, as quais caíram em 2014 para 1/3 da média do triénio anterior (2011/2013).

Os dados disponíveis acerca do investimento público da responsabilidade da Câmara Municipal de Loulé efetuado no nosso concelho permite-nos afirmar peremtoriamente que regredimos para os valores que ocorreram nos anos 90 do século anterior. Curiosamente um período em que parte do qual Vítor Aleixo desempenhou funções de vereador e de presidente da câmara municipal de Loulé. E se tivermos em linha de conta que num passado recente os atuais técnicos e funcionários municipais contribuíram para que fosse possível executar anualmente, em média, dobro do investimento, somos obrigados a concluir que existe na câmara municipal capacidade técnica para fazer obra, o que não existe é a liderança política necessária para promover o desenvolvimento do nosso concelho.

Mas se o executivo municipal socialista liderado por Vítor Aleixo não é capaz de fazer investimento público, ao menos se dignasse à diminuir de forma significativa a carga fiscal que incide sobre os munícipes e sobre as empresas do nosso concelho (IMI, IMT, IRS e Derrama). Porquanto os impostos municipais em 2014, essencialmente IMI e IMT, cresceram no seu conjunto 25%, quando comparados com a média dos últimos 3 anos da Gestão Social-Democrata, passando de uma receita de 52,5 milhões de Euros para um total de 65,8 milhões de Euros. Um acréscimo que agravou as dificuldades financeiras das famílias e das empresas Louletanas, sem que tenha existido ou estado projetadas obras municipais relevantes para o nosso concelho que justificassem esse esforço.

Em suma, concluímos que nestes últimos dois anos tem sido hipotecado o desenvolvimento do nosso município por manifesta falta de liderança política e incompetência do atual executivo municipal socialista e que o ano de 2015 se tratou de mais um ano perdido. 

 

Por: PSD/Loulé