JSD Quarteira | Dia Nacional do Mar

21:18 - 17/11/2015 POLÍTICA
«Uma breve reflexão sobre um dos primordiais ativos da economia portuguesa: O Mar.»

Comemorou-se no passado dia 16 de novembro, o Dia Nacional do Mar, e em Portugal a economia do mar representa cerca de 3% do PIB e 2,8% do emprego (INE, 2013). Em Portugal, foram movimentados o número recorde de 1,7 milhões de contentores nos portos nacionais em 2014, e mais de um milhão de passageiros. No ano passado mais de dez mil navios transitam por ano em território português (*). São efetivamente “números” que demonstram como este mercado se encontra mais ativo, numa época considerada de crise em Portugal.

A nível local, a área que mais tem crescido no seio da economia do mar são as atividades relacionadas com a componente náutica e de recreio e a prova disso por exemplo, é a Marina de Vilamoura, na freguesia de Quarteira, que é um dos principais ativos do Master Plan de Vilamoura, apresentado em Setembro por Paul Taylor, CEO da Vilamoura World, e braço executivo da Lone Star em Portugal, com um investimento de mil milhões de euros, onde está prevista uma melhoria da marina no valor de 20 milhões de euros (*).

Contudo, e apesar de esta atividade ser considerada importante para a economia do mar e de ter muitos desafios no futuro, é necessário também prestar atenção ao setor primário mais antigo na economia do mar: As pescas. Setor primário que é importante ter políticas públicas em proporção à sua importância económica à semelhança das políticas públicas para o turismo náutico.

E a grande questão está aqui, e é aqui que os “números” poderiam ser mais altos, pois dos 125 mil trabalhadores ligados à economia do mar, 20% são das pescas e indústria de pescado. Tem por isso, de haver também investimento nas pessoas, nos pescadores, nas condições de trabalho a que estes estão sujeitos, na melhoria dos portos, na indústria de pescado e sobretudo que a Administração Pública auxilie melhor e desburocratize processos e licenciamentos/taxas que para muitos pescadores e empresários da indústria, são considerados “entraves” para o desenvolvimento da sua atividade e respetiva produção.

Esperemos que até 2020 a Estratégia Nacional para o Mar (2013-2020), consiga colmatar todas as necessidades ainda existentes na economia do mar e que Portugal e em especial a região do Algarve consigam fazer jus á grandiosidade da sua Zona Económica Exclusiva (ZEE).

 

P’lo Gabinete de Apoio à Economia do Mar, JSD Quarteira.

 (*) – Dados de jornal Negócios (edição de 16 de Novembro de 2015)