Uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve, visitou o Centro de Saúde de Aljezur, que engloba as extensões de saúde de Odeceixe e do Rogil, tendo-se inteirado dos problemas que afetam o normal funcionamento desta unidade de saúde, nomeadamente, ao nível dos recursos humanos, da rede informática e do parque automóvel.

O Centro de Saúde de Aljezur tem apenas dois médicos (um na sede e outro nas extensões de saúde de Odeceixe e do Rogil), faltando outros dois para dar resposta aos 2.073 utentes sem médico de família. A carência de médicos tem sido suprida, de forma parcial e precária, com o recurso a empresas prestadoras de serviços. Faltam ainda dois enfermeiros, dois assistentes técnicos (em breve, três, quando um dos atuais assistentes técnicos se reformar) e dois assistentes operacionais. Acresce ainda a falta de um fisioterapeuta, um psicólogo, um terapeuta da fala, um nutricionista e um terapeuta ocupacional.

É de assinalar que um dos cinco assistentes técnicos do Centro de Saúde de Aljezur tem contrato por tempo determinado, renovado anualmente, apesar de exercer funções que correspondem a necessidades permanentes dos serviços. Impõe-se, assim, a regularização da situação contratual deste profissional de saúde através da sua integração nos quadros do Ministério da Saúde.

A falta de pessoal no Centro de Saúde de Aljezur impede a reabertura da Extensão de Saúde de Bordeira, encerrada há uns anos. Assim, a contratação dos profissionais de saúde em falta no Centro de Saúde de Aljezur, permitiria, além de melhorar a qualidade do serviço prestado aos utentes de Aljezur, Odeceixe e Rogil, assegurar um serviço de proximidade aos cerca de 400 utentes da Bordeira.

A rede informática do Centro de Saúde de Aljezur não é adequada, possuindo uma largura de banda insuficiente, que se traduz numa excessiva lentidão de resposta do sistema informático. Este problema manifesta-se com maior severidade nas extensões de saúde de Odeceixe e do Rogil, onde a largura de banda é ainda menor. A substituição, em curso, dos computadores não resolve, naturalmente, este problema. Impõe-se, assim, que além da substituição do equipamento informático, se atue ao nível da rede informática.

Por fim, o parque automóvel do Centro de Saúde de Aljezur é insuficiente para as necessidades, condicionando as visitas ao domicílio dos profissionais de saúde.

Assim, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministro da Saúde (pergunta em anexo) sobre as medidas que serão tomadas para garantir que o Centro de Saúde de Aljezur disporá de profissionais de saúde em número adequado às suas necessidades; sobre a integração nos quadros do Ministério da Saúde dos profissionais de saúde que, exercendo funções que correspondem a necessidades permanentes dos serviços, há vários anos que têm um contrato por tempo determinado, renovado anualmente; sobre a reabertura da Extensão de Saúde da Bordeira, assegurando desse modo um serviço de proximidade a cerca de 400 utentes; sobre a modernização da rede informática do Centro de Saúde de Aljezur, dotando-a de largura de banda suficiente; e, finalmente, sobre a renovação do parque automóvel do Centro de Saúde de Silves, eliminado os constrangimentos atualmente existentes nas visitas ao domicílio.

 

Por GP PCP