JSD/Algarve pede mais seriedade e menos populismo ao PS/Algarve em relação às Portagens da Via do Infante

13:14 - 08/01/2016 POLÍTICA
Comunicado da JSD/Algarve pede coerência ao PS/Algarve relativamente às Portagens da Via do Infante.

«Relativamente às portagens da Via do Infante, proposta desenhada e pensada pelo Governo do PS de José Sócrates, há algo factualmente irrefutável: A JSD/Algarve esteve sempre contra a implementação das portagens na Via do Infante.

Recordamos, para fundamentar o que frontalmente e com orgulho assumimos anteriormente, que já a 20 de dezembro de 2010 a JSD/Algarve questionava o então Primeiro-Ministro socialista sobre o enquadramento legal da introdução das portagens na região, enviando inclusive como prenda simbólica (aproveitando então a quadra natalícia) materializada num identificador da Via Verde remetida ao "Pai" das Portagens da Via do Infante, José Sócrates, para que "circulasse na região sem grandes constrangimentos".

Após a implementação desta medida, que ainda hoje consideramos danosa para a região do Algarve e para todo o País, a JSD/Algarve questionou sempre o Governo em funções, fosse socialista ou liderado pelo Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, assim como internamente no nosso Partido, em Conselhos Nacionais da JSD onde tínhamos assento ou via PSD/Algarve para debate e esclarecimento nos órgãos nacionais do próprio PSD. Sempre, com a mesma perceção e posição relativa ao assunto, mas menos populista face à atuação de alguns partidos, hoje com responsabilidade, que preferem o barulho das ruas e o silêncio das propostas.

Hoje, porventura fruto da nossa juventude e consequente boa memória, recordamos que o Dr. António Costa, então apenas Secretário-Geral do PS, a 10 de Julho deste ano (2015), afirmava: "Sou pouco entusiasta de propostas de eliminação das portagens. Mas há algumas situações concretas que deviam ser revistas, como por exemplo a Via do Infante".

Em consequência das palavras do seu líder nacional, e seguramente entusiasmados na onda eleitoral populista pela captura fácil do voto que é inversamente proporcional à seriedade que se exige aos dirigentes políticos, relembramos que, igualmente em Julho, no dia 22 (cerca de duas semanas depois), o PS/Algarve afirmava em comunicado público que o seu programa eleitoral regional referia o seguinte relativamente a esta matéria: "(O programa eleitoral regional do PS) pugna por uma Via do Infante tendencialmente livre de portagens, com a implementação de medidas como, a revisão de tarifários" afirmando ainda, o Deputado António Eusébio, à comunicação social que, citando novamente para evitar equívocos, "exigia redução imediata das Portagens da Via do Infante".

Assim, questionamos o PS/Algarve, e seus Deputados hoje com responsabilidade no panorama nacional político, o seguinte:

1 - Qual o período temporal que compreende a palavra "imediato" para o PS/Algarve? Sabendo que o Dr. António Costa tomou posse enquanto Primeiro-Ministro já a 26 de Novembro, passado um mês ainda aguardamos o "imediato" prometido por António Eusébio e restante PS/Algarve.

2 - Caso respeitem a predisposição assumida do atual Primeiro-Ministro, que publicamente afirmou ser contra a abolição de Portagens, quais as medidas que, "populescamente" afirmaram em campanha eleitoral apresentar caso fossem Governo, têm no sentido de vir a discriminar positivamente os utilizadores frequentes (da Via do Infante) assim como a alteração do atual modelo de cobrança de portagens na A22?

Para finalizar, deixamos duas breves notas:

Em primeiro lugar, assumimos desde já que manteremos a coerência do nosso trajeto político em prol dos interesses da região e que, caso haja um trabalho sério e responsável por parte do atual Governo socialista sobre esta matéria, estaremos na linha da frente para apoiar e felicitar o PS/Algarve e o Dr. António Costa por cumprirem a promessa.

Em segundo lugar, relembrar a quadra do poeta algarvio que o PS/Algarve trouxe a público, também no seu comunicado, apelando até neste gesto a seriedade que exigiram em Julho passado:

"Tu, que tanto prometeste
Enquanto nada podias,
Hoje que podes
Esqueceste tudo quanto prometias”.»

 

Por JSD/Algarve