POESIA por Natália Dias Pereira Salvador Sousa
Tenho uma série de poemas
Interessantes, não nos requintes,
São eles de vários temas
Uns dos outros bem distintos.
Cada tema uma referência
Baseado na convicção,
A razão da influência
Que me vibra o coração.
Do coração o sentimento
Com que meus poemas escrevo,
Se os escrevo descontente,
Direi algo que não devo?
Pode um filho ser muito feio
Mas não deixa o amor
Aos pais ver o defeito que tem
E seja o defeito que for.
Assim serão os meus poemas
Que com espontaneidade faço,
Gosto da rima, gosto dos temas,
Os defeitos... esses ultrapasso.
Claro que é bem notável,
A inexistência da erudição,
Mas é assim mais agradável,
Aos que menos cultura terão.
Se algo for escrito,
Com alto vocabulário e esmero,
Lá fica o Zé, coitadito
Pior que cachorro a roer ferro.
Finjo assim dar a razão,
Aos meus poemas singelos,
Sem ser fruto de erudição
Nem por isso são menos belos.
Contudo, o uso da cultura,
Tem mesmo que prevalecer,
Para que em qualquer criatura,
A cultura possa crescer.