Reconquista autárquica é meta dos sociais-democratas de Loulé

16:48 - 16/05/2016 POLÍTICA
O PSD Loulé tem nova liderança que tomou posse durante a primeira edição da Festa da Primavera que se realizou este domingo, dia 15 de maio, na Fonte Filipe, em Querença, que contou com a presença de quase três centenas de militantes e simpatizantes.

O PSD Loulé tem nova liderança que tomou posse durante a primeira edição da Festa da Primavera que se realizou este domingo, dia 15 de maio, na Fonte Filipe, em Querença, que contou com a presença de quase três centenas de militantes e simpatizantes.

“O nosso concelho precisa de uma liderança forte, concisa, assertiva e objetiva. Não queremos um executivo municipal que não respeite as aspirações dos louletanos”, afirmou o novo líder do PSD Loulé, Rui Cristina.

A sua equipa foi eleita com o projeto “Mais e melhor futuro para o concelho de Loulé” e com o slogan “Renovar, Unir e Vencer” que reflete já o espírito que Rui Cristina quer imprimir aos sociais-democratas louletanos nas próximas eleições autárquicas, cuja lista de candidatos vai anunciar após o verão.

Entre as críticas apontadas ao atual executivo, Rui Cristina destacou a falta de liderança na negociação das obras na Estrada Nacional 125.

“Admite-se que o responsável máximo da Câmara Municipal de Loulé não perceba que as obras durante o verão vão prejudicar gravemente a atividade turística? Aquilo que contribui para a economia local e para o emprego? Podem-lhe agradecer o caos na EN 125 que já se sente”, criticou.

O projeto do Orçamento Participativo também foi alvo de considerações, tendo Rui Cristina lamentado que as iniciativas eleitas diretamente pelos munícipes tenham apenas um orçamento de 600 mil euros e não atinjam sequer um por cento do orçamento municipal, que representaria cerca de um milhão e 200 mil euros.

Um dia após a inauguração do Passeio das Dunas, em Quarteira, pelo Primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Mesa de Assembleia do PSD Loulé, José Graça, não poupou críticas à forma como o atual executivo municipal socialista se apropriou da obra.

“Assistimos neste fim de semana à tentativa de reescrever a antiga história do bairro da lata de Quarteira. É de uma infelicidade total quando aqueles que gerem a freguesia de Quarteira e a Câmara Municipal de Loulé tentam para seu benefício próprio apagar aquilo que é a história deste grande concelho e desta grande freguesia”, discursou José Graça.

“Seguramente, é um como muitos outros erros que já cometeram ao longo destes dois anos e meio de mandato”, rematou afirmando que o atual executivo se limitou a concluir o trabalho já iniciado pelo executivo social-democrata liderado por Seruca Emídio, naquela e em outras obras importantes como as Avenidas Papa Francisco e Fonte Santa, em Quarteira.

Outras obras anteriormente projetadas como a estrada entre a rotunda das Pereiras e a rotunda de Quarteira-Almancil com quatro faixas foram redimensionadas para projetos mais contidos, situação que José Graça disse ser prova de que o atual executivo não é capaz de pensar à escala do concelho.

“Tem feito alguma obra social e a «gestão da casa» mas estão a hipotecar o desenvolvimento do concelho de Loulé”, afirmou assegurando que perante as disponibilidades financeiras atuais da autarquia, que deverá ter mais de 55 milhões de euros nos seus “cofres” até ao final de maio, a inexistência de novos projetos reflete “incapacidade de decisão”.

O presidente do PSD Algarve, David Santos, esteve presente e deixou uma mensagem de alento e união aos sociais-democratas algarvios que acredita que vão ser capazes de transmitir a mensagem do partido e dos projetos concelhios para as próximas eleições autárquicas.

“Estamos a dar início à conquista da Câmara Municipal de Loulé para 2017”, afirmou perante a plateia louletana mas lembrou que as eleições autárquicas vão ser críticas na manutenção das cinco autarquias algarvias com liderança social-democrata e, sobretudo, na conquista e reconquista das restantes.

A energia transmitida pelo público, fez o deputado do PSD eleito pelo distrito de Faro, Cristóvão Norte afirmar-se confiante no reerguer da bandeira do PSD em Loulé e na devolução da gestão autárquica aos sociais-democratas.

“O concelho de Loulé é hoje um concelho com mais dificuldades, com menor ambição, que se vê ultrapassado porque já não tem à sua frente, na sua liderança, um partido com um ímpeto reformista, com capacidade de intervenção, (…) com capacidade de gerar futuro”, declarou.

Passando a questões que afetam a região do Algarve, Cristóvão Norte lamentou a decisão recentemente aprovada na Assembleia da República que reduz o valor portajado na A22 mas não suspende as portagens durante o período de obras na EN 125 como os deputados social-democratas haviam proposto.

Lamento partilhado pelo líder parlamentar do PSD na Assembleia da República, Luís Montenegro, que considerou “um ato de hipocrisia” e até “cobardia política” a aprovação da proposta de redução de portagens com os votos favoráveis dos deputados socialistas eleitos pelo Algarve.

“Temos de pôr este país a pensar e a concluir se o rumo que estamos a levar vai trazer mais ou menos desenvolvimento às nossas vidas. Se vai conseguir afetar positivamente, ou não, a vida de cada um de nós ou da nossa família”, instigou.

Dirigindo-se aos social-democratas louletanos que se preparam para as autárquicas, Luís Montenegro não escondeu que, em tese, é difícil vencer um executivo que conclui o primeiro mandato.

“Não é impossível, porque no caso de Loulé, a grande verdade é que a mudança que se empreendeu no município há três anos não surtiu efeito que se visse. (…) Não houve vitalidade nesta mudança, não houve criação de riqueza, não houve criação de apoio social, não houve dinamização daquilo que é a vida desta comunidade”, concluiu.

 

Por PSD/Loulé