Quem trabalha a seu lado: um grupo ou uma equipa?

18:20 - 26/06/2016 OPINIÃO
por Nélia Marcos | Gestora Licenciada em Ciências da Comunicação - Comunicação Empresarial | neliamarcos@gmail.com

Numa empresa, já o sabemos, as pessoas são o motor principal para atingir os resultados que se pretende. Mas a forma como os colaboradores interagem entre si e com as chefias fará a diferença para o crescimento.

É frequente um gestor referir-se às pessoas que trabalham consigo como “a minha equipa” mas na verdade, são muito poucos os líderes que têm uma verdadeira equipa. A maior parte das vezes têm um grupo.

No grupo, as pessoas respondem perante um líder perfeitamente identificado e cumprem individualmente as tarefas que lhes são delegadas para o cumprimento de um determinado objetivo. Objetivo comum a toda a organização, em que cada um faz a sua parte e o resultado final será consequência do trabalho de cada elemento. É o cenário mais frequente que se encontra, onde cada um tenta mostrar o melhor de si, o líder é visto como autoridade máxima e o colega encarado como concorrente.

Na equipa, a liderança é partilhada por várias pessoas que contribuem para o crescimento uns dos outros. O objetivo é global e é definido com a participação de todos, em discussões abertas em que todas as opiniões contam para o resultado final. Desta forma, as pessoas ficam realmente comprometidas com as metas que definem e procuram superar-se utilizando os talentos de cada um que se complementam. Nesta procura pela superação, é a empresa que fica a ganhar e o potencial de crescimento é muito maior.

Neste sentido, cabe ao gestor fomentar que o seu grupo cresça e alcance a maturidade de equipa. Mas isso requer um esforço acrescido.

Em primeira instância, é preciso garantir que as pessoas têm talentos que se complementam. Não interessa ter todos os elementos especialistas na mesma tarefa, por isso será necessário formar alguns elementos e dar-lhes novas competências.

Para além disso, é importante incutir a cultura de grupo e a noção de cliente interno em que cada um depende do outro, fundamental, por ex, na relação entre os vários departamentos. O espírito deve ser “Se um falha…falhamos todos”.

Para estimular o comprometimento, devem promover--se discussões abertas, em que as metas e tomadas de decisão são tomadas em conjunto. Nesta partilha, o facto de todos os talentos estarem focados no mesmo e cada elemento saber que pode contar com o outro, alarga os horizontes e promove a definição de metas mais ambiciosas. Juntos vamos mais além.