GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com

Vargas significa em Castelhano encosta inclinada e é de etimologia Celta (berg). Na Cantábria existe local assim denominado de onde provirá o apelido.

Iban ou Juan de Vargas é o primeiro do apelido de que há notícia. Participou na conquista de Madrid aos Mouros (1085) por D. Afonso VI. Madrid era então um pequeno povoado.

Pedro Ibañez de Vargas, filho do anterior, entrou na conquista de Toledo (1085), a antiga capital Visigoda. Foi herdado a meia légua de Toledo no sítio a que chamou de Vargas e que ficou como solar da família.

Fernan Perez de Vargas foi filho e herdeiro de seu pai, Pedro Ibañez.

Pedro Fernandez de Vargas, filho de Fernan, participou na batalha de Navas de Tolosa (1212) que opôs os Reinos Cristãos de Portugal, Castela, Navarra e Aragão aos Almoadas. A derrota Muçulmana foi decisiva para a Reconquista.

Filhos do anterior foram Garci e Diego Perez de Vargas “Machuca”. Garci derrotou e deu morte ao Rei Mouro de Los Gazules (Cádis). Diego protagonizou episódio romanceado por D. Afonso X “o Sábio” e descrito em Don Quijote de la Mancha (1605) - na batalha de Jerez (1232), o comandante Álvaro Perez de Castro bradava “machuca” a Diego, enquanto este, depois de espada e lança quebradas, amassava os Mouros com um tronco de oliveira.

O Castelhano Tritão Fernandes Vargas aportou a Tânger onde foi alfaqueque (resgatador de cristãos cativos) e teve armas passadas (1512) por D. Manuel I.

Foi seu filho, nascido em 1480, “Sebastião de Vargas Cavaleiro da Casa Real” (A. H. Correia, 2016). Nesta biografia Sebastião é descrito como alfaqueque e almoxarife de Tânger (1507), cavaleiro da Ordem de Cristo (1513), tesoureiro da Casa da Índia e Mina (1514), feitor das cargas e descargas das naus (1520), secretário do Governador do Estado da Índia e juíz da alfândega de Goa (1521), de onde foi exilado (1524-38) para a fortaleza de Barcarrota (Olivensa).  Foi ainda agente de D. João III no Reino de Fez (1539-45)...

Afonso Gonçalves Vargas é nomeado em 1487 e 1488 nas Actas de Vereação de Loulé.