PCP pergunta ao Governo sobre a resolução dos problemas do Agrupamento de Escolas de Montenegro (Faro)

11:12 - 04/10/2016 POLÍTICA
Recentemente, uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve, visitou a Escola EB2,3 de Montenegro, sede do Agrupamento de Escolas de Montenegro (Faro) e reuniu com o Diretor, tendo-se inteirado dos problemas que afligem este Agrupamento, nomeadamente ao nível da carência de funcionários não docentes e das instalações.

O problema mais grave é a carência de funcionários não docentes. O Agrupamento dispõe de 42 funcionários, dos quais 4 se encontram em situação de baixa médica prolongada ou com licença de maternidade. Assim, apenas estão disponíveis 38 funcionários para mais de 900 alunos.

A carência de funcionários não docentes reflete-se negativamente no funcionamento das escolas do Agrupamento, nomeadamente: desadequada vigilância dos espaços interiores e exteriores na EB2,3 de Montenegro e na EB1/JI de Montenegro – pondo em causa a segurança dos alunos –; limitação dos horários de funcionamento de alguns serviços, como a papelaria e o bar dos alunos; existência de apenas um funcionário na EB1 da Praia de Faro; entre outros.

Esta situação de carência já vem de trás, tendo, por exemplo, no ano letivo anterior obrigado ao encerramento pontual de 3 salas do ensino pré-escolar na EB1/JI de Montenegro. De acordo com a Direção, para que as escolas do Agrupamento pudessem funcionar de forma adequada, seria necessário contratar mais 8 funcionários não docentes.

O Agrupamento de Escolas de Montenegro dispõe apenas de um psicólogo a meio tempo, insuficiente para as necessidades. Seria necessário dispor, de acordo com a Direção do Agrupamento, de um psicólogo a tempo inteiro.

A Escola EB2,3 de Montenegro debate-se ainda com problemas ao nível das instalações.

As 21 salas de aulas, a que acresce um anfiteatro, são insuficientes para as 24 turmas em funcionamento, implicando restrições na elaboração dos horários com consequências pedagógicas negativas.

O campo de jogos desta escola tem um piso desadequado, altamente abrasivo, colocando em causa a segurança dos alunos. Efetivamente, em caso de queda (o que acontece com alguma frequência, como é natural) os alunos são sujeitos a escoriações e a queimaduras de abrasão. A situação tem vindo a piorar, já que, com a utilização e as condições climatéricas, o piso se degradou, apresentando gravilha solta.

Assim, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministro da Educação (pergunta em anexo) sobre a contratação de funcionários não docentes para o Agrupamento de Escolas de Montenegro, de forma a garantir o seu normal funcionamento; sobre o reforço de psicólogos neste Agrupamento; e sobre as medidas que serão adotadas para resolver os problemas da Escola EB2,3 de Montenegro ao nível das instalações, nomeadamente, falta de salas de aula e desadequação do piso do campo de jogos.

 

 

Por GP PCP