Começou um novo ano letivo e o PSD/SBA vem por este meio desejar os maiores sucessos aos jovens sambrasenses nesta fase das suas vidas que servirá de base para um melhor futuro.
Infelizmente a educação em Portugal está longe de ser perfeita, seja pelas constantes mudanças de políticas educacionais seja pelo custo que representa para as famílias. São Brás de Alportel não é diferente e todas as iniciativas que sirvam para minorar os desafios que os nossos jovens e famílias enfrentam durante o percurso escolar são bem-vindas e de louvar.
No entanto o papel da autarquia tem que ir muito mais longe, da autarquia espera-se, acima de tudo, que contribua para a segurança dos nossos jovens criando as necessárias condições para que se possam focar exclusivamente no seu percurso escolar.
Infelizmente, apesar dos esforços do PSD/SBA, o executivo socialista continua a não responder e solucionar um dos principais problemas existentes no nosso concelho, a existência de edifícios públicos, neste caso específico, edifícios escolares, com a presença de amianto em materiais de construção.
É inaceitável que, desde 2011, seja obrigatório por lei identificar a totalidade dos edifícios públicos, especialmente as escolas, que tenham materiais com amianto, assim como promover análises a concentrações de fibras respiráveis, avaliar o risco de exposição e sinalizar as situações prioritárias definindo medidas para prevenir ou minimizar a exposição, com a emissão de um plano de ação para o amianto. Sabendo que em São Brás de Alportel, nada foi feito nesse sentido, o PSD/SBA, através da Assembleia Municipal, em abril deste ano, questionou o senhor presidente perguntando diretamente se existiam escolas no concelho com esse problema e qual o plano do executivo no sentido de resolver o problema. O senhor presidente Vítor Guerreiro confirmou a existência do amianto nos edifícios mas desvalorizou a sua presença, assim como o vereador responsável pelo pelouro, cujas palavras foram: “estando a Câmara a estudar todas as hipóteses para poder candidatar a fundos comunitários as obras de remoção das placas”, que, conforme já fora dito pelo Presidente da Câmara, “não constituíam perigo porque estavam colocadas sobre uma placa de cimento”.
Quando o Sr. Presidente Vítor Guerreiro afirma que “A educação é e continuará a ser sempre para nós a 1.ª das prioridades”, afirmando que “é o melhor investimento” “dando resposta às necessidades do parque escolar”, não passa de um discurso vazio, que quando se fala num tema de extrema importância cai em saco roto, dando mais importância a obras do regime, deixando a saúde de quem frequenta estes espaços, na realidade fora das suas prioridades.
Ora, hoje é sabido que somente a presença deste material é nociva para a saúde pública pois pode ocorrer o desprendimento de pequenas partículas que, segundo demonstram estudos científicos, podem causar doenças como fibrose pulmonar, cancro do pulmão, depois de inaladas, pois as fibras alojam-se nos pulmões onde podem permanecer décadas e causar danos irreversíveis. Pelo que tem vindo a ser limitada a sua comercialização e utilização sendo que em 2005 foi totalmente proibida pela Comunidade Europeia.
O próprio ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, afirmou recentemente estar a procurar resolver os problemas da presença de placas de fibrocimento ainda existentes nas escolas, garantindo existirem verbas disponíveis que podem ser canalizadas para remoção da existência de materiais com amianto.
Apesar do comprovado risco das fibras e da relação entre a sua exposição e o desenvolvimento de cancro (mesotelioma, cancro do pulmão, cancro do ovário, cancro da laringe ou cancro do estômago), e mesmo depois de, em abril deste ano, o PSD/SBA ter alertado o executivo para este grave problema de saúde pública, a verdade é que, em São Brás de Alportel, não foi dado seguimento a esse plano de monitorização e posterior calendarização junto do Governo quanto às ações corretivas a aplicar. Em São Brás de Alportel varreu-se o problema para debaixo do tapete.
Desta forma continuam os nossos alunos, professores, funcionários e pais expostos diariamente a este material altamente cancerígeno.
É por isso urgente saber que pressões o município tem feito para que seja dado seguimento ao plano de monitorização e avaliação dos riscos e sua posterior eliminação, para que os sambrasenses possam saber quando é que as escolas de São Brás de Alportel estarão finalmente livres desta ameaça silenciosa, acreditando que é uma medida urgente a ser tomada, muito mais importante do que qualquer festa organizada pelo atual executivo socialista.
Por: PSD São Brás de Alportel