Porque os olhos também comem!

08:12 - 04/11/2016 OPINIÃO
por Nélia Marcos | Gestora Licenciada em Ciências da Comunicação - Comunicação Empresarial | neliamarcos@gmail.com

Hoje em dia, um dos grandes desafios de qualquer espaço comercial é levar os clientes a entrar. As pessoas passam na rua, muitas vezes, ao telemóvel, umas de cabeça baixa, outras distraídas com tudo e com nada.

Neste sentido, a montra é o cartão de visita, o rosto da loja, e assume uma importância fundamental na decisão de um cliente entrar ou não naquele espaço. É, por isso, necessário que chame a atenção, desperte a curiosidade, obrigue a parar, por mais distraída que a pessoa passe.

Infelizmente é ainda frequente passarmos por montras com luzes apagadas, com pó nos manequins, com peças que não são trocadas no tempo certo. Se está a chover na rua e a montra tem peças frescas, não irá despertar o interesse de quem passa; se o serviço que está a promover não se coaduna com as necessidades dos clientes daquela zona, não será certamente atrativo.

Esta é claramente uma vertente onde podemos fazer melhor para cativar os nossos clientes. Uma montra deve contar uma história, as peças ou serviços que queremos destacar devem ser as “estrelas” e despertar facilmente a atenção. Deve estar adequada ao contexto geográfico, à nossa tipologia de cliente e à mensagem que a nossa marca pretende passar.

Ler o nosso cliente, conhecer as suas preferências, incluir o fator novidade e tendência, são bons pontos de partida para que o cartão de visita do nosso espaço convide realmente a entrar.

Depois, no interior, é importante manter a mesma dinâmica. Seja pela empatia, pela facilidade com que encontrou o que procurava, pelo aconselhamento ou pela diferenciação, importa superar as expetativas de quem entrou.

Devemos, portanto, lembrar- -nos que a experiência de compra do nosso cliente começa no exterior da loja e reconhecer a importância que tem no convite à entrada.

Na verdade, podemos até ter o melhor produto e atendimento. Mas se o cliente não entrar, ninguém o vai saber.