DECO informa sobre… Custos de manutenção de Contas à Ordem

14:11 - 10/03/2017 OPINIÃO
«Ainda existem bancos que não cobram comissões de manutenção de contas à ordem?»

Nos últimos anos tem-se verificado um aumento crescente dos custos associados a contas à ordem.

Muitas das Instituições Bancárias que não cobravam despesas de manutenção, passaram a fazê-lo e, aquelas que já o faziam, subiram os preços. E ainda que na conta não haja movimento de dinheiro e não seja utilizado nenhum produto ou serviço, a cobrança ocorre.

Os aumentos verificados vão agravando-se ao sabor dos critérios de cada banco. Por outro lado, se estes no passado não aplicavam custos a algumas situações, essas isenções são cada vez menores. Por exemplo, já de pouco ou nada adianta reforçar o envolvimento através da contratação de mais produtos e serviços ou manter os saldos elevados. Mesmo as contas-ordenado, até agora isentas, são atualmente alvo de ataque - algumas instituições criaram regras adicionais para concederem a isenção, outras começaram simplesmente a cobrar, e ainda há aquelas que já nem dispõem dessas contas.

Neste panorama de generalização e subida de custos, os bancos online continuam a ser dos poucos bastiões das isenções. A estes, juntam-se três exceções na banca tradicional, que reforçam o entendimento de que as comissões de manutenção não são uma inevitabilidade.  Junto dos que cobram, verifica-se que os consumidores pagam, em média, mais de €61 por ano, ou seja, mais de €5 ao mês.

Além disso, os custos dos cartões de débito, necessários para utilizar as contas à ordem, sofreram aumentos elevados nos últimos anos, sendo que o valor médio da anuidade já atinge os €15,27. A este custo, somam-se os cobrados pelos cartões de crédito e pelas transferências bancárias, num total que pode atingir os €230 por ano, se as operações forem realizadas ao balcão.

A DECO considera necessário estabelecer limites aos custos dos produtos bancários e que as comissões apenas devem ser cobradas por serviços efetivamente prestados, continuando a aguardar resultados das propostas legislativas em discussão no Parlamento.

 

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