Numa pergunta enviada ao Ministro do Ambiente, os deputados do CDS-PP Teresa Caeiro, Patrícia Fonseca e Álvaro Castello-Branco querem saber o que é que está a ser feito para resolver ou minimizar o problema da poluição na Ribeira do Vascão.
No dia 11 de novembro, o jornal Correio da Manhã (CM) publicou uma notícia com o título “Mais dez dias sem chuva agravam seca extrema”.
No texto pode ler-se, a dada altura, que “no concelho de Alcoutim e no Ameixial, concelho de Loulé, vários produtores de gado temem que a pouca água existente nas charcas da ribeira do Vascão, onde levavam os animais a beber, possa estar contaminada e ligada à morte de vários animais”.
De acordo com declarações ao CM de um criador de gado caprino da zona de Martim Longo, em Alcoutim, “a ribeira está poluída e, agora que há menos água, nota-se mais que está suja e estragada, e faz mal aos animais que a bebem”, enquanto um outro criador associa a morte de cerca de 20 ovelhas, sem causa aparente, a não ser o consumo de água da referida ribeira.
A notícia refere também que “a situação já levou a Associação de Produtores do Nordeste Algarvio Cumeadas a denunciar a possível contaminação das charcas da ribeira do Vascão, cuja água apresenta um cheiro esquisito e sedimentos negros”.
A Ribeira do Vascão, que nasce na Serra do Caldeirão e desagua no Guadiana, tem grande parte do seu curso no interior serrano do Algarve (concelhos de Loulé, Tavira e Alcoutim), estabelecendo a fronteira com o Baixo Alentejo. Foi, em 2012, classificada como Sítio Ramsar (Zona Húmida de Importância Internacional), em Portugal.
No entanto, e de acordo com uma notícia publicada na altura pelo jornal algarvio Sul Informação, aquando da classificação já se chamava a atenção para “a falta de estações de tratamento de esgotos nas aldeias adjacentes”, o que ameaçava “o caráter ecológico do sítio”.
Um dos dirigentes da Associação de Produtores do Nordeste Algarvio Cumeadas, revelou ao CM que já foram enviados ofícios à Agência Portuguesa do Ambiente, à Direção Regional de Agricultura e à GNR.
Assim, os deputados do CDS-PP querem saber se o Ministro do Ambiente tem conhecimento dos factos relatados na notícia em causa e se confirma o envio pela Associação de Produtores do Nordeste Algarvio Cumeadas à Agência Portuguesa do Ambiente de algum ofício a relatar os factos.
Teresa Caeiro, Patrícia Fonseca e Álvaro Castello-Branco questionam também se já foram feitas análises à água da Ribeira do Vascão no sentido de detetar se, de facto, está contaminada e foi, eventualmente, causa da morte dos animais, e que medidas vão ser tomadas, e quando, para resolver ou minimizar o problema.
E, finalmente, os deputados do CDS-PP querem saber com que regularidade são feitas análises à água da Ribeira do Vascão, tanto mais que se trata de uma Zona Húmida de Importância Internacional, e com que resultados.
Por: CDS
