A discussão sobre a proposta de Orçamento da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António para 2018 começou da pior forma.

Seguindo aquilo que de mais negativo foi marcando os sucessivos mandatos PSD/Luís Gomes, a actual maioria PSD/São Cabrita, revelando um profundo desprezo pelo órgão câmara municipal, forçou a votação da proposta de orçamento numa sessão extraordinária deste órgão, à porta fechada, convocada sem cumprir a antecedência estipulada por lei, tendo disponibilizado a documentação do orçamento ao conjunto dos vereadores, apenas no dia antes.

Com esta atitude, a maioria PSD na CM de VRSA, confirmou uma vez mais uma concepção anti-democrática, desrespeitadora dos eleitos das outras forças políticas e que é inseparável do rumo de desastre que tem vindo a impor ao concelho e que está traduzido na dívida monstruosa que a câmara tem, nos processos de privatização de água e recolha de resíduos que está em curso, nas brutais taxas e tarifas municipais, na degradação das condições de trabalho na autarquia e, por sua vez, dos serviços públicos prestados. Opções que a proposta de orçamento vem confirmar e que são agravadas pela opacidade e falta de transparência que envolve a empresa municipal SGU.

Manifestando a sua indignação com a atitude da maioria PSD, o vereador da CDU, solicitou que a reunião fosse reagendada por forma a cumprir a Lei e para que desse modo fosse respeitado o estatuto de direito da oposição. A maioria PSD, fiel ao traço de autoritarismo dos últimos doze anos não deu provimento à solicitação da CDU e deu continuidade a uma reunião convocada de forma ilegal. O vereador da CDU denunciou esta atitude na reunião de câmara, mantendo-se na sessão sob protesto, votando contra todas as deliberações tomadas, incluindo a proposta de orçamento, fazendo uso do voto de vencido e informando que a CDU procurará junto das instâncias superiores a nulidade das deliberações tomadas naquela reunião.

A população de Vila Real de Santo António, pode contar que os eleitos da CDU continuarão a intervir, seja na câmara, seja na Assembleia Municipal, visando não só a denúncia quer das opções, quer dos métodos da maioria PSD, mas também a afirmação de uma política alternativa para o concelho.

 

Por: CDU