Joaquim Silva terminou hoje a Volta a França do Futuro na oitava posição da geral individual, a 5m37s do vencedor, o colombiano Miguel Ángel López.
O resultado de Joaquim Silva é o segundo melhor de sempre de um português, desde que esta competição é disputada por seleções de sub-23, apenas superado pelo desempenho do atual campeão do mundo, Rui Costa, segundo classificado em 2008.
O corredor penafidelense aproveitou a derradeira etapa da prova, 95,1 quilómetros, entre Saint-Michel-de-Maurienne e La Toussuire, para subir uma posição na geral. Fê-lo graças ao nono lugar na tirada, que terminou no topo de uma subida de 17,6 quilómetros, a 3m35s do belga Louis Vervaeke, corredor da equipa WorlTour Lotto-Belisol, que se impôs após cerca de 80 quilómetros em fuga, perto de metade dos quais em solitário.
O ataque do corredor da Bélgica fez acender o alerta vermelho no pelotão, dado que Vervaeke partiu para a etapa a menos de dois minutos da camisola amarela. Como reação, o ritmo endureceu e o pelotão perdeu unidades ao longo de uma viagem sempre em alta montanha. No sopé da última subida, o grupo do camisola amarela, onde se encontrava Joaquim Silva, estava reduzido a 11 corredores.
Os mais fortes da geral individual ainda tentaram alcançar o ciclista belga, mas o melhor que conseguiram foi reduzir os danos, com os russos Alexander Foliforov e Alexey Rybalkin, assim como o colombiano Miguel Ángel López, a chegarem 34 segundos depois de Vervaeke. Joaquim Silva voltou a resistir estoicamente às dificuldades, cruzando a meta na nona posição, a 3m35s. Rúben Guerreiro, que ainda é sub-23 de segundo ano e tem, por isso, grande margem de progressão, foi o 23.º, a 9m12s do vencedor. Entre os lusos seguiram-se Rafael Reis, 44.º, a 18m52s, Ricardo Ferreira, 55.º, a 23m40s, e Carlos Ribeiro, a 71.º, a 24m38s.
O colombiano Miguel Ángel López juntou-se, na lista de vencedores da Volta a França do Futuro, a nomes como Nairo Quintana, Esteban Chaves, Bauke Mollema, Warren Barguil ou Jan Bakelants. O Segundo classificado foi o australiano Robert Power, a 30 segundos, e Alexey Rybalkin, a 44 segundos.
A participação portuguesa foi coroada de sucesso, com Joaquim Silva na oitava posição, a 5m37s do vencedor, e com Rúben Guerreiro no 14.º lugar, a 12m24s. O resultado de ambos, em termos de prestação de sub-23 lusos, só foi ultrapassado pela segunda posição de Rui Costa, em 2008, superando o 16.º lugar de Nelson Oliveira, em 2010, e o 19.º posto de José Mendes, em 2007. Ricardo Ferreira foi 47.º, a 47m20s, Rafael Reis 71.º, a 1h06m29s, e Carlos Ribeiro 78.º, a 1h13m14s.
A Seleção Nacional/Liberty Seguros foi a sexta equipa na última etapa, terminando a Volta a França do Futuro no sétimo lugar coletivo, entre 21 equipas participantes.
“Participámos com cinco estreantes, também com pouca experiência em outras provas internacionais de sub-23, mas demos conta do recado. Colocámos um corredor nos dez melhores e dois no top 15, provando que temos ciclistas jovens de nível mundial. Esta foi, provavelmente, a Volta a França do Futuro mais dura em que participei, o que ainda valoriza mais estes resultados”, afirma o selecionador nacional, José Poeira.
Por: Federação Portuguesa de Ciclismo