PS recomenda ao Governo a preservação e classificação das Zonas Húmidas do Algarve

17:30 - 04/02/2018 POLÍTICA
Os deputados do PS eleitos pelo Algarve, Luís Graça, Ana Passos, António Eusébio e Fernando Anastácio, entregaram um projeto de resolução onde recomendam ao Governo a preservação e classificação das Zonas Húmidas do Algarve.

Na proposta sugerem que o Governo articule com a Associação de Municípios do Algarve, AMAL, e particularmente com os municípios de Lagos, Silves, Albufeira e Loulé um plano de ação concertado que vise a identificação, classificação e desenvolvimento de um projeto de gestão das zonas húmidas do Paul de Lagos (Lagos), da Lagoa dos Salgados (Silves e Albufeira), e do Trafal e Foz do Almargem (Loulé), que permita a sua respetiva classificação legal e a sua proteção ecológica adequada e ainda “disponibilize meios e apoie as associações cívicas e as organizações não governamentais na área do ambiente para o seu envolvimento e contributo cientifico na caraterização da avifauna aquática e do estudo da flora destas zonas húmidas”.

A iniciativa, que procura valorizar e chamar a atenção para o Dia Mundial das Zonas Húmidas, surge depois de um conjunto de reuniões entre o deputado Luís Graça e associações de defesa do ambiente, bem como com os autarcas algarvios que estão sensibilizados para a necessidade de preservar estas zonas. “A Câmara de Lagos já iniciou a preparação de um plano de gestão para o Paul de Lagos, assim como a Câmara de Loulé e a junta de freguesia de Quarteira estão empenhadas na classificação e valorização do Trafal e Foz do Almargem”, explica o socialista, que acredita que esta proposta vai ajudar nesses objetivos.

No projeto de resolução, os parlamentares lembram que “as denominadas zonas húmidas são áreas de sapal, paul, turfeira ou água, existentes em zonas costeiras e ribeirinhas, com plantas aquáticas e solos encharcados e que “ao receberem as águas das chuvas, de reservatórios subterrâneos e de rios e ribeiras controlam inundações e a erosão através da vegetação, purificando a água que, em muitos casos, alimentam reservatórios naturais subterrâneos de água doce que o Homem utiliza”.

O PS recorda, ainda, que “por incúria e desconhecimento, apesar da sua importância ecológica, estética e cultural, as zonas húmidas foram encaradas como territórios marginais que deveriam ser transformados em terra seca” e que o Algarve possui um conjunto de zonas húmidas costeiras de diversas origens e fisionomias, com relevante riqueza e importância ecológica.

 

Por: PS