O atual campeão mundial de fundo, Rui Costa, vai contar, neste domingo, com uma equipa de luxo, unida no objetivo de levar o poveiro a discutir as posições cimeiras no Campeonato do Mundo que se disputa em Ponferrada, Espanha.
A Seleção Nacional/Liberty Seguros terá os dorsais mais baixos do pelotão que, a partir das 10h00 (menos uma hora em Portugal Continental), vai percorrer 254,8 quilómetros, resultantes de 14 voltas ao circuito de 18,2 quilómetros. Rui Costa alinha com o dorsal 1, André Cardoso é o número 2, Tiago Machado é o 3, Sérgio Paulinho é o 4, Nelson Oliveira é o 5 e José Mendes é o 6.
“Temos uma seleção muito boa. São os corredores ideais, todos eles com muita experiência, já sabem o que é correr provas com esta extensão”, considera Rui Costa. Pessoalmente, o chefe de fila luso garante ter preparado com afinco esta prova, porque “quando representamos a seleção, levamos o país ao peito e queremos honrá-lo”.
Tiago Machado é, tradicionalmente, um dos corredores mais expressivos na demonstração de alegria por vestir as cores nacionais. O entusiasmo pessoal não o desvia, contudo, das metas coletivas. “Sei para o que vim e cumprirei na íntegra o que o Sr. Poeira me mandar fazer. Temos um grupo que poderá resolver a corrida em qualquer situação que se nos apresente. Pessoalmente, a minha condição física é superior à do Mundial do ano passado”, adianta o famalicense.
Em Ponferrada, o gondomarense André Cardoso representa Portugal no sexto Mundial consecutivo. “Gosto de correr o Campeonato do Mundo, uma prova em que é preciso estar bem, mas também ter sorte. Vamos ver como se apresentam as equipas favoritas, sobretudo Espanha e Itália. Pela nossa parte, quando for necessário entrar ao serviço, estamos todos disponíveis para ajudar o Rui”, frisa André Cardoso.
O medalhado olímpico Sérgio Paulinho é outro homem com capacidade e motivação para ajudar a Seleção Nacional/Liberty Seguros a atingir as metas a que se propõe. “Estou aqui, tal como toda a equipa, para tentar ajudar o Rui Costa a revalidar o título. As subidas não me parecem tão difíceis como as do ano passado, mas mais de 250 quilómetros, sempre em circuito, vão fazer mossa. Sinto-me bem para este desafio, porque não acabei a Vuelta ‘morto’, como se costuma dizer na gíria”, declara Paulinho.
José Mendes também se apresenta com boas sensações e pronto para uma jornada dura, mas apaixonante de ciclismo. “O Mundial é sempre um objetivo para qualquer corredor. Depois do Tour trabalhei para estar bem na fase final da temporada. Estou com as melhores sensações de todo o ano e acredito que terei um bom desempenho”, adianta o vimaranense.
Entre a equipa lusa, Nelson Oliveira é o corredor mais habituado a trabalhar para Rui Costa, pois correm ambos na Lampre-Merida. “Já conheço os movimentos do Rui, sei do que precisa a cada movimento que faz. Este entrosamento facilita o trabalho que tenho de fazer nesta prova”, admite o anadiense.
Conhecedor, como ninguém, do grupo à disposição, o selecionador nacional, José Poeira, não tem dúvidas em colocar a equipa ao serviço de Rui Costa. “Teremos uma aposta fixa, assente numa estratégia. Muitos países fazem apostas múltiplas e depois nenhuma resulta”, lembra o selecionador nacional.
Por: Federação Portuguesa de Ciclismo