Novo programa de saídas PT/MEO: mais um passo dos patrões na escalada contra a empresa e contra os trabalhadores

16:30 - 25/02/2019 POLÍTICA
Na passada sexta-feira, dia 22 de Fevereiro, o PCP teve em contacto com os trabalhadores do grupo PT/MEO na sede de Faro, onde ouviu e mostrou a sua solidariedade a estes trabalhadores, que desde a privatização da empresa têm assistido à degradação não apenas dos seus direitos assim como das condições da prestação de serviços.

No início deste ano, a PT/MEO lançou um novo programa de saídas, depois de, no passado, se declarar contra as suspensões de contrato e pré-reformas, depois de práticas de pressão para a rescisão, com inatividades forçadas, mudanças de atividade e de locais de trabalho forçadas, transmissões de atividade forçadas para empresas externas. Face à pressão, à repressão e ao descrédito reinante, não admira que a saída nas condições indicadas pareça tentador, mas os trabalhadores estão atentos e denunciam, entre outros aspetos, que a pressa colocada neste processo, para além de ser mais uma forma de pressão, leva a pensar que o verdadeiro objetivo dos patrões é o que virá a seguir ao programa de saídas.

O PCP sempre rejeitou estes processos de desvalorização do trabalho e considera ainda que um posto de trabalho é um valor mais seguro do que qualquer situação de suspensão e pré-reforma. Para a empresa PT/MEO, a saída de um grande número de trabalhadores, vai implicar uma nova degradação de funcionamento, além da perda de conhecimentos e experiências. No contexto atual, as alterações que venham a ser adotadas, serão no sentido de maior externalização de serviços, da desagregação das condições de atividade, da maior pressão sobre os trabalhadores, de mais precariedade, da entrega a mais centros de decisão externos ao país.

O PCP considera que cada dia que passa se reforçam as razões para que seja reposto o controlo público da PT/MEO, em defesa dos trabalhadores e do trabalho com direitos como elemento estruturante do desenvolvimento social, em defesa da soberania nacional num sector estratégico, em defesa do desenvolvimento sustentado da economia nacional. 

 

Por: PCP Faro