A Câmara Municipal de Lagoa tem vindo a promover ações e validar alguns projetos de relevância social, essencialmente direcionados à proteção e integração das pessoas, implementando o apoio nomeadamente a migrantes desenraizados em busca de melhores condições e qualidade de vida ou no conhecimento de novas formas de culturas.
Muitos, dado o elevado sentido humanitário da Câmara de Lagoa e dos cidadãos, têm encontrado aqui aquilo que não conseguem obter nos seus países e/ou terras de origem.
O caso dos países de Leste é um dos mais evidentes, porque ao Concelho de Lagoa têm chegado muitos naturais daqueles países, desde há mais de dez anos, em busca de qualidade de vida, aqui trabalhando, aqui construindo ou ampliando as suas famílias e contribuindo para a estabilidade das economias familiares e locais. Com sucesso.
O executivo da Câmara de Lagoa, liderado por Francisco Martins, tem tido a consciência de que, embora Roma e Pavia se não tenham construído num dia, tem de haver, sempre, uma resposta justa, humanitária e curta no tempo e nas burocracias, no sentido de acudir quem possa estar à beira do colapso humano e social.
Os problemas de vida, que a crise tem vindo a provocar nos últimos anos, têm sido dramáticos com a Autarquia a desdobrar-se nos socorros que presta e nas ações e projetos que dinamiza!
O Concelho de Lagoa é considerado um dos mais solidários da esfera autárquica portuguesa com o fluxo de gentes de todas as origens, condições sociais e até políticas, sendo de notar que em Portugal existem pessoas de mais de 170 nacionalidades! E Lagoa tem sido o porto seguro para muitos, embora nem sempre nos ocorra pensar, saber ou perguntar quais as suas impressões e experiências aqui vividas, levando-os à oportunidade de conhecer melhor a cultura portuguesa e fazer novas amizades, capazes de fortalecer o seu processo de integração em Portugal.
A Câmara, ciente de que o povo português e a própria Autarquia têm algumas obrigações – pelo menos morais – naquele sentido, envolveu-se no projeto “Família do Lado 2014”, iniciativa através da qual uma família aceita acolher em sua casa uma família que não conheça, constituindo-se pares de famílias – uma imigrante e outra autóctone (ou vice versa) – para a realização de um almoço-convívio, típico da sua cultura, como forma de acolhimento do “outro”.
Trata-se de uma iniciativa – projeto transnacional criado na República Checa em 2004, com base no conceito de “Bairros Inclusivos” – que visa contribuir para a integração mais efetiva dos imigrantes em Portugal, neste caso em Lagoa, reforçando as relações sociais e promovendo a diversidade cultural existente no nosso país. É alargada a todas as entidades públicas e privadas que trabalham na área da imigração e os custos correm por conta do orçamento do Alto Comissariado para as Migrações.
Terá lugar no domingo, 23 de novembro de 2014, às 13h, em todo o território nacional e em todos os países que se associarem à iniciativa, podendo nela participar famílias imigrantes e famílias autóctones que desejem contribuir para o processo de integração dos imigrantes residentes em Portugal.
Em Lagoa, os interessados neste tipo de acolhimento – como Famílias Anfitriãs ou Visitantes ou, ainda, como Assistentes – poderão contatar a Câmara Municipal de Lagoa ou consultar www.acm.gov.pt e Facebook ACMigrações
Por CM Lagoa