Seca no Algarve tem que ser prioridade nacional

11:44 - 25/11/2019 POLÍTICA
A água é um bem essencial à vida humana, dela depende igualmente o desenvolvimento de atividades agrícolas e a sua escassez compromete qualidade de vida das populações e as atividades económicas de toda a sociedade.

Perante esta evidência, como é possível que, após a seca de 2017 no Algarve e o agravamento da situação nos anos seguintes, o Governo continue e insistir na navegação à vista, em termos de gestão dos recursos existentes?

Rui Cristina, deputado do PSD eleito pelo círculo de Faro coloca a questão e alerta para as graves consequências de não ter sido elaborado um plano de contingência que visasse a construção de mais bacias de retenção no Algarve e ter sido ignorada a necessidade de realizar obras nas infraestruturas envelhecidas dos municípios, nas quais se desaproveitam 30% da água já tratada.  

Para Rui Cristina, a seca no Algarve deveria ser encarada como uma prioridade nacional, perante o agravar da situação que assola a região há 3 anos, um grave problema que o Governo não está saber resolver.

 O deputado critica ainda o Governo por ter a desfaçatez de vir pedir aos Algarvios para gastarem menos água e de congelar as licenças das captações subterrâneas, apesar de não ter tomado quaisquer medidas visando uma solução, como era da sua competência. 

Esta é a ocasião para que o Governo retifique os míseros 0,5% que se propõe investir no Algarve até 2030, no âmbito do programa nacional de investimentos 2030, definindo um pacote financeiro adequado à dimensão da região, reclama Rui Cristina. 

Nesse sentido, os deputados do PSD Cristóvão Norte, Rui Cristina e Ofélia Ramos, eleitos pelo círculo de Faro, vão realizar um conjunto de iniciativas e reuniões com autarquias, direções regionais das entidades representadas na Comissão Permanente da Seca e a Águas do Algarve, SA, bem como vão exigir ao Governo que dê prioridade a esta matéria, seja com intervenções de curto prazo ou médio prazo, designadamente através programa de investimentos 2030 e pretendem que exista igualmente a garantia, no Orçamento do Estado, de compensação pelas verbas dos fundos comunitários a que o Algarve não tenha acesso. 

 

Por: Rui Cristina