O PSD Algarve encara com preocupação mais este episódio, o qual se junta, a um conjunto de outros, nos quais os migrantes ilegais - sob custódia de entidades públicas após serem intercetados - se colocam em fuga, por vezes bem sucedida, ou são libertados porque o Estado não consegue cumprir os prazos para a sua deportação.
Importa que se revejam os protocolos de segurança, pois é inaceitável que estas situações se repitam e se apurem as devidas responsabilidades.
A permissão de fuga é o pior sinal que se pode transmitir: significa que a operação criminosa, mesmo depois de detetada, é coroada de êxito.
Não há maior estímulo para que a rede se fortaleça e os desembarques se intensifiquem.
O PSD Algarve entende que a região e o país estão sob uma ameaça grave que o Governo tarda em reconhecer, apelidando até, o Ministro da Administração Interna, a ideia de existência de uma rede como ridícula.
Quem não reconhece o problema não o pode resolver, e essa gritante omissão do Governo funciona como um convite a que se consolide a rota de tráfico de migrantes ilegais que utiliza o Algarve, já que muitos dos imigrantes ilegais que estão sob custódia das autoridades estão em paradeiro incerto, em fuga, não podendo ser deportados.
Este problema não está a ser tratado como é exigível.
Estão a nu falhas na vigilância costeira, na vigilância aos migrantes ilegais intercetado e no exercício de mecanismos de deportação.
Impõe-se que o Governo vença a inércia e coloque as autoridades públicas a funcionar para que o Algarve não seja uma porta de entrada de criminalidade, a qual, primeiro no tráfico de pessoas, rapidamente se expande para criminalidade mais gravosa.
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