ALBUFEIRA ALTERA DATAS E HORÁRIOS DE ESPETÁCULOS PARA CUMPRIR MEDIDAS MAIS RESTRITIVAS NO ÂMBITO DA PANDEMIA

16:16 - 18/11/2020 ALBUFEIRA
Na sequência de ter entrado para a lista dos novos concelhos com risco elevado de contaminação por Covid19

o Município de Albufeira viu-se obrigado a alterar horários e dias de espetáculos a decorrer no Auditório Municipal, com vista a responder de forma eficaz às medidas mais restritivas atualmente em vigor, nomeadamente no que respeita ao recolher obrigatório.

O espetáculo da ACTA, na próxima sexta-feira, irá acontecer meia hora antes do previsto inicialmente, enquanto o Workshop «Cante Alentejano» e o concerto de Celina da Piedade foram antecipados para dia 26 de novembro, às 18h00 e 21h00, respetivamente.

«Ardente – Memorial para Pedro e Inês», o espetáculo da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, agendado para o próximo dia 20 (sexta-feira), foi antecipado meia hora, estando agora marcado para as 21h00.

Espetáculo fortemente vinculado ao predomínio da imagem, cruzando-a com música e canto.

Será um espetáculo que não seguirá um roteiro histórico do tempo e da tragédia em questão, antes se inclinará para uma abordagem de pendor mítico, por um lado, e, por outro lado, para uma reflexão sobre o Amor e a Morte.

Há 650 anos que os restos mortais de Inês foram transladados para Alcobaça.

Aí se encontra ela, Inês (e ele, Pedro), encerrada em seu túmulo no qual Pedro mandou gravar a mensagem «Até ao fim do Mundo».

É este aspeto que importa ao encenador Madzik – que o salientará no contexto de algumas particularidades amorosas do par de amantes, do carácter transgressor da sua relação, e da decisão de Pedro em desenterrar Inês para a coroar Rainha.

Mas estes são aspetos de circunstância. Mądzik sabe que a alusão ao tema de Pedro e Inês é usada para significar um amor incondicional, para além da morte.

Por isso o espetáculo começa, já Pedro e Inês estão nos túmulos.

Mądzik pratica um teatro sem palavras.

A razão é a sua profunda convicção de que existem esferas da realidade humana que não sucumbem à palavra falada.

No seu teatro «cósmico», ele dá vida e reabilita arquétipos enterrados, dando aos espectadores uma oportunidade renovada para uma perceção pré-racional do mundo.

O frágil universo onírico dos seus espetáculos é criado com as sombras e os movimentos de forma elaborada, subjugada ao ritmo marcado pela música.

O espectador fica «sozinho na multidão», porque é separado, pela escuridão, dos outros espectadores, bem como do palco.

Com a sua imaginação, vagueia através de outras dimensões da realidade apreendida pelo poder do Bem e do Mal. Os bilhetes custam €5,00 e estão à venda na Galeria Municipal de Albufeira, nos dias úteis das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h00, ou no Auditório Municipal, no próprio dia do espetáculo das 19h30 às 20h45.

 

Por:CM Albufeira

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