Aeroportos nacionais movimentam menos 71,5% de passageiros no 3.º trimestre – INE

11:52 - 02/12/2020 ECONOMIA
Os aeroportos nacionais registaram «alguma recuperação» do movimento de passageiros no terceiro trimestre, mas mantiveram «níveis muito baixos», com quebras de 71,5% e um total de 5,4 milhões de passageiros, face ao período homólogo, divulgou hoje o INE.

“O volume de passageiros movimentados (embarques, desembarques e trânsitos diretos) nos aeroportos nacionais totalizou 5,4 milhões de passageiros, representando um decréscimo de 71,5% em relação ao trimestre homólogo (-97,4% no 2ºT 2020)”, demonstrando “alguma recuperação” face ao trimestre anterior, mas mantendo “níveis muito baixos comparativamente com o período homólogo”, informou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No terceiro trimestre deste ano, aterraram nos aeroportos nacionais 32,1 mil aeronaves em voos comerciais, o que representa uma queda homóloga de 52,9% (-91,1% no segundo trimestre), concluiu o INE, no relatório sobre a Atividade dos Transportes no terceiro trimestre de 2020.

Já o movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais ascendeu a 32,4 mil toneladas (-39,0%, -57,4% no trimestre anterior), tendo o conjunto embarcado diminuído 40,9% (-62,1% no segundo trimestre) e o desembarcado decrescido 36,9% (-52,6% no trimestre anterior).

No período em análise, o aeroporto de Lisboa foi responsável por 39,7% do movimento total de passageiros (2,1 milhões), tendo diminuído a sua expressão em 9,3 pontos percentuais face ao trimestre homólogo.

O aeroporto do Porto registou o segundo maior volume de passageiros movimentados do país (26,1%, +5,3 pontos face ao período homólogo), atingindo 1,4 milhões e representando um decréscimo de 64,2% (-97,5% no segundo trimestre).

No aeroporto de Faro registou-se um movimento de 1,0 milhões de passageiros (19,3% do total), que correspondeu a uma redução de 70,1% (-98,8% no trimestre anterior).

Nos aeroportos de Ponta Delgada e do Funchal os decréscimos foram de 65,1% e 69,4%, respetivamente (-96,1% e -98,8% no segundo trimestre, pela mesma ordem).

O tráfego internacional movimentou 4,1 milhões passageiros (-73,2%; -97,5% no 2ºT 2020), tendo concentrado 77,4% do tráfego total.

Analisando os países de origem e destino dos voos com passageiros, verificou-se que, no trimestre em análise, a primeira posição é ocupada pela França, seguida pelo Reino Unido, o que corresponde a uma inversão de posições face ao trimestre homólogo.

Quanto ao transporte de passageiros por modo ferroviário e por metropolitano, registaram-se reduções menos acentuadas no movimento de passageiros: -40,3% e -51,3%, respetivamente, depois de quebras de 70,5% e 76,3% no trimestre anterior.

Assim, foram transportados 27,6 milhões de passageiros por modo ferroviário e 31,6 milhões por metropolitano.

Já o transporte de passageiros por via fluvial diminuiu 36,8% (-72,4% no segundo trimestre), atingindo 4,5 milhões de passageiros.

O transporte de mercadorias por via aérea e terrestre registou decréscimos menos acentuados comparativamente com o trimestre anterior: -39,0% no transporte aéreo (-57,4% no segundo trimestre), -5,3% no transporte por ferrovia (-14,2% no trimestre anterior) e -3,5% no transporte rodoviário (-26,5% no trimestre anterior).

Em sentido inverso, no transporte marítimo registou-se um aumento residual de 0,2%, depois de uma quebra de 22,6% no trimestre anterior.

O porto de Sines movimentou 10,4 milhões de toneladas de mercadorias, correspondendo a um aumento de 20,9%, invertendo a variação negativa (-20,8%) registada nos meses de abril, maio e junho.

Por fim, o transporte de mercadorias por oleoduto registou uma recuperação nos meses de julho, agosto e setembro, diminuindo 28,8% (-56,5% no segundo trimestre) e atingindo 575,3 mil toneladas, com o gasóleo a ser o produto mais transportado (63,5% do total) e o transporte de JetA1 (combustível para aeronaves com motor a jato) a registar a quebra mais acentuada (-72,5%; -89,4% no trimestre anterior), “acompanhando a lenta recuperação do setor da aviação”, concluiu o INE.

 

Por: Lusa