Documentos previsionais para 2021 A Reunião de Câmara Municipal de 27 de novembro de 2020, deliberou a votação dos Documentos Previsionais para 2021

 – Orçamento da Receita e Despesa, Grandes Opções do Plano, Autorização de Compromissos Plurianuais, Mapa de Pessoal e Tabela de Taxas, com o voto contra do Vereador do PSD/São Brás de Alportel, Bruno Sousa Costa.

Sendo este Orçamento, o último deste mandato autárquico onde deveria estar contemplada a estratégia para o próximo ano e os seguintes, verifica-se um orçamento limitado, sem visão, apenas com a perspetiva populista do costume, com a continuidade do que foi proposto e que não foi feito, sem ambição para projetos futuros.

Se nos anos transatos houve alguma condescendência e tolerância, respeitando a vontade democrática da maioria dos São-Brasenses que escolheram o Partido Socialista para liderar os seus destinos, não seria responsável deixar de marcar esta posição e mostrar a tristeza, o descontentamento por verificar que este executivo se encontra esgotado, condicionando o futuro dos São-Brasenses.

Verifica-se a total ausência de investimentos estruturais que possam contribuir para a progressão do concelho, para um maior apoio ao desenvolvimento económico; um maior apoio ao incremento turístico, através da qualificação e potenciação dos recursos naturais existentes no concelho; incentivo à fixação de população; apoio ao desenvolvimento rural, incentivo à promoção cultural e regeneração urbanística e para fazer face às muitas carências ao nível social.

Mais uma vez, estamos perante opções estratégicas que hipotecam o futuro, direcionando os recursos quase única e exclusivamente para a gestão corrente, descurando necessidades e limitações evidentes no que respeita à atratividade ao investimento privado.

É também reincidente a cabimentação de algumas obras que, ano após ano, são inscritas em sede de orçamento, mas sem que o executivo tenha a capacidade de as materializar.

Após três anos de mandato, questionamo-nos onde se encontram os investimentos prometidos em 2017, tais como a instalação de uma unidade cuidados continuados, a prometida requalificação do Antigo Lagar de Azeite, o novo Campo Sintético, Parque Aventura da Fonte Férrea, a Barragem Monte da Ribeira, o Miradouro do Depósito da Água, o novo campo municipal sintético, a nova Sala Polivalente e Salas de PréEscolar junto às Escola das «Joaninhas», ampliar as vagas em creches, o Saneamento Básico na Mesquita, Almargens e conclusão da rede dos Machados, a requalificação da rede abastecimento de água entre outros.

Se por um lado, de ponto de vista técnico, consideramos que a equipa que os preparou fê-lo no escrupuloso zelo pelo seu trabalho, elaborando um trabalho que dignifica o Município e os seus colaboradores em geral, onde não se vislumbra qualquer apontamento e critica materialmente relevante para não se considerar estas contas confiáveis.

Por outro lado, fruto da fórmula errada com que o executivo socialista insiste em gerir o Município, sendo incapaz de gerar margem financeira que lhe permita assumir investimentos identificados como necessários, a estratégia de desenvolvimento do Concelho está hipotecada, sem criar opções para a instalação de novas empresas, sem opções para fixação dos nossos jovens, com total sacrifício dos São-Brasenses que vêm assim a sua terra com menor dinamismo económico, com menor criação de riqueza e de emprego e sem conseguir potenciar dinâmicas que permitam a atração de investimento privado e melhoria da qualidade de vida dos São-Brasenses.

Face ao exposto, o Vereador eleito pelo PSD de São Brás de Alportel, Bruno Sousa Costa, declara votar contra os Documentos Previsionais para 2021, da Câmara Municipal de São Brás de Alportel.

 

Por: CM SBrás