Patronímicos

15:59 - 15/12/2014 OPINIÃO
GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com

Patronímicos, ou apelidos tirados do nome do pai, eram usados no al Garbe Mussulmano (711-1249). Após a reconquista os nomes e apelidos introduzidos foram principalmente de raíz Gótica em substituição dos Árabes que poucos vestígios deixaram:

Rodrigues é o patronímico de Rodrigo ou Roderich e significa “chefe famoso”, nome do último Rei Visigodo, o que perdeu a Hispania para os Árabes em 711.

Gonçalves vem de Gonçalo ou Gundisalvo e significa “salvo do combate”. Hermenegildo Gonçalves, conde do Rei de Portucal Ramiro II (925-950), foi casado com Mumadona Dias que erigiu o castelo de Guimarães.

Fernandes é de Fernando ou Ferrando e significa “pacífico e ousado”. Froila Ferrandes foi casado com Glasuinda, mãe do rei Visigodo Ervik (680-87). Seria filho de Ervik o Duque Pedro da Cantábria.

Afonso de Adefonsus significa “pronto para combate”. Afonso I, 3º rei das Astúrias (740-58) e patriarca da dinastia real Asturiana, foi filho de Pedro da Cantábria.

Viegas é patronímico de Egas e significa “lâmina” em Godo, composto com ben ou “filho de“ em Árabe. Foi adoptado pelos Mossárabes ou Cristãos “quase Árabes”, como Monio Viegas “Gasco” que veio na armada dos Gascões recuperar o Porto da ocupação Árabe. Morreu na conquista de Riba-Douro com os filhos Gomes e Egas (1022). No Algarve, segundo tradição familiar, a origem do apelido provém de Ali Bin Egas que, de Muladi (convertido ao Islão), passou a Cristão após a reconquista do Algarve (1249) ficando a chamar-se João Viegas...

Gomes vem de Gomo ou Guma e significa “homem”.

Mendes de Mendo, que é abreviatura de Hermenegildo, está relacionado com Irmin da mitologia Germânica. Hermenegild, filho do Rei visigodo Leowigild (573-586), morreu em luta contra a seita Ariana e foi canonizado em 586.

Guterres de Guterre ou Gualter tem significado bélico. Hermenegildo Guterres reconquistou Coimbra em 878.

Álvares e Alves vêm de Álvaro ou Alwar que significa “sério”. Álvaro Gracia foi um dos 7 cavaleiros mortos na conquista de Tavira (1242) e aí sepultados.