POESIA por Isidoro Cavaco | isidorocavaco@gmail.com
Na saudade das horas já passadas,
Sinto a dor dos minutos onde espreito
Loucuras, tantas vezes consumadas,
São parte de um passado já desfeito.
Recordações, que vivem sufocadas,
Gritando em pranto mudo no meu peito,
São, deste sonho, as chamas apagadas,
Nascidas de um amor, quase perfeito.
Escutando o silêncio, dos sentidos,
Nas promessas juradas e traídas
Nos sonhos, tantas vezes repetidos
Em ternas ilusões, por nós vividas.
Teus olhos, quais girândolas de luz,
Que guiaram outrora meu caminho,
São agora pedaços desta cruz,
Que carrego, p’la vida, tão sozinho.