Na linha da continuidade com as preocupações sociais que são parte integrante do ADN do CDS/PP, e numa altura em que os apoios às famílias numerosas (com três ou mais filhos), pelos motivos que sobejamente conhecemos, deveriam ser acarinhados por todos, Governo, autarquias, partidos políticos e outras entidades, torna-se de difícil entendimento, ou talvez não, o que se passou na última Assembleia Municipal em Faro.

Inscrito na ordem de trabalhos encontrava-se uma proposta de recomendação ao Executivo, por parte do CDS/PP, e que anexamos para vosso conhecimento, que mais não era que o reconhecimento da necessidade de apoio com alguns benefícios em actividades promovidas pelo Município para quem se enquadrasse naquele conceito, nomeadamente:

 

- Condições especiais em actividades extracurriculares;

- Condições especiais em actividades nas férias e campos de férias;

- Condições especiais para creches e jardins-de-infância - incluindo prioridade de acesso a quem tem irmãos;

- Programa de saúde para famílias numerosas que inclua apoios em tratamentos dentários, oftalmológicos e vacinação não comparticipada;

- Bancos de manuais escolares, material escolar, material desportivo ou musical com prioridade de acesso para Famílias Numerosas;

- Tarifa especial nos transportes urbanos do Concelho.

 

Esta proposta, que voltamos a esclarecer, era apenas uma proposta de recomendação, não sendo portanto vinculativa, foi chumbada com os votos contra do Bloco de Esquerda e do Partido Socialista.

Se quanto ao BE, e dadas as originalidades a que nos habituaram quanto ao conceito de família, entende o CDS/PP que está dentro da linha programática daquele partido, e que levará certamente à sua gradual extinção como já é notório, não podemos contudo deixar de comentar o sentido de voto, legitimo, do PS.

Tivesse o CDS/PP sugerido a criação de uma taxa a cobrar no aeroporto de Faro, ou outra taxa qualquer, como faz o líder nacional do PS em Lisboa, e teríamos sem dúvida merecido a sua aprovação.

Já quanto a uma preocupação social com as dificuldades com que se deparam aquelas famílias, em grande parte derivada dos problemas gerados pela anterior governação socialista e que, apesar dos claros sinais de inversão de ciclo, ainda é de grande sacrifício para a maioria dos portugueses, ficamos esclarecidos:

 

É este o PS que nos querem oferecer em 2015. A mascara começa a cair muito cedo.

 

 

A Comissão Política Concelhia do CDS/PP de Faro