Ausência de estratégia local, regional e nacional em saúde para dar a totalidade das respostas em cuidados de saúde que as populações precisam, tem estas consequências.
Tem razão o ministro da saúde quando afirma que esta situação não é nova. Por ter razão é que deve ser responsabilizado. Na verdade, apesar das experiências vivenciadas, a governação continua a não prever o futuro. O aumento da afluência de pessoas aos serviços de urgência devido à gripe é perfeitamente previsível.
Mas existem outros factores que se inter-relacionam:
· Diminuição e/ou indisponibilidade de cuidados de proximidade,
· Ausência de planos articulados entre os cuidados de saúde primários e hospitalares;
· Ausência de identificação das necessidades em cuidados de saúde das populações – estudos
epidemiológicos locais e regionais. É imprescindível que a Direcção Geral de Saúde, as ARS e os
ACES monitorizem o estado de saúde da população e proponham medidas,
· Ausência de planos de contingência para fazer face à sazonalidade, por exemplo, da gripe e/ou dos picos de calor,
O SEP considera que a ausência de “reformas” para a melhoria do desempenho do SNS apenas tem como objectivo potenciar o caos para ajudar o setor privado.
O SEP propõe que para além da contratação de profissionais e da disponibilização de mais camas para estes períodos de maior necessidade, se actue de forma sistémica:
1. Na rede de Cuidados Continuados, aumentando o numero de camas e de profissionais;
2. nos Cuidados de Saúde Primários aumentando o numero de enfermeiros, implementando o
“enfermeiro de família” e abolindo as taxas de moderadoras;
3. instituindo um modelo de equipas de gestão de altas.
4. Admitindo mais profissionais de saúde
Por: Dep. Nacional de Informação do SEP