CAOS NAS URGÊNCIAS

00:30 - 10/01/2015 SAÚDE
Ausência de estratégia local, regional e nacional em saúde para dar a totalidade das respostas em cuidados de saúde que as populações precisam, tem estas consequências.

Tem razão o ministro da saúde quando afirma que esta situação não é nova. Por ter razão é que deve ser responsabilizado. Na verdade, apesar das experiências vivenciadas, a governação continua a não prever o futuro. O aumento da afluência de pessoas aos serviços de urgência devido à gripe é perfeitamente previsível.

 

Mas existem outros factores que se inter-relacionam:

 

· Diminuição e/ou indisponibilidade de cuidados de proximidade,

· Ausência de planos articulados entre os cuidados de saúde primários e hospitalares;

· Ausência de identificação das necessidades em cuidados de saúde das populações – estudos

epidemiológicos locais e regionais. É imprescindível que a Direcção Geral de Saúde, as ARS e os

ACES monitorizem o estado de saúde da população e proponham medidas,

· Ausência de planos de contingência para fazer face à sazonalidade, por exemplo, da gripe e/ou dos picos de calor,

 

O SEP considera que a ausência de “reformas” para a melhoria do desempenho do SNS apenas tem como objectivo potenciar o caos para ajudar o setor privado.

O SEP propõe que para além da contratação de profissionais e da disponibilização de mais camas para estes períodos de maior necessidade, se actue de forma sistémica:

 

1. Na rede de Cuidados Continuados, aumentando o numero de camas e de profissionais;

2. nos Cuidados de Saúde Primários aumentando o numero de enfermeiros, implementando o

“enfermeiro de família” e abolindo as taxas de moderadoras;

3. instituindo um modelo de equipas de gestão de altas.

4. Admitindo mais profissionais de saúde

 

Por: Dep. Nacional de Informação do SEP