António Eusébio
PS | Juntos pela região e para afirmar o Algarve

17:45 - 12/01/2015 POLÍTICA
O jantar de Ano Novo do PS-Algarve foi marcado pelos apelos de Isilda Gomes e António Eusébio à união dos algarvios para enfrentar um ano de trabalho político muito complicado repleto de desafios e dificuldades.

A tradicional iniciativa do PS-Algarve juntou uma centena de dirigentes regionais e autarcas eleitos nas suas listas na Assembleia Intermunicipal, nos municípios e nas freguesias da região, sendo a direção do Partido Socialista representada por Isilda Gomes, membro do Secretariado Nacional e presidente da câmara de Portimão.

Na intervenção inicial, o presidente da federação regional sublinhou que este é um ano de especial importância para o Algarve, é um ano de afirmação, é um ano de contribuirmos para a mudança do rumo do nosso País”, aludindo às próximas eleições legislativas.

Segundo António Eusébio, “os últimos anos têm sido muito penalizadores para o país, mas em especial para o Algarve”. O presidente do PS-Algarve sublinhou que “a centralização da decisão condicionou muitos serviços, criou muitos problemas e naturalmente retirou qualidade aos serviços públicos prestados”, apontando como exemplo “o caos nas urgências hospitalares”.

“Estamos perante um governo que apenas vê o que se passa com as contas públicas e esquece o que se passa com os cidadãos, acrescentou António Eusébio, sublinhando que “a política económica seguida por este governo está errada”.

“Se houve coisa que ficou demonstrada ao longo destes três anos, é que toda a estratégia de austeridade, com competitividade à custa de baixos salários, fracassou, exemplo disso, é o facto de o desemprego ter voltado a crescer no país”, referiu António Eusébio, afirmando ainda que “ao contrário do que tinha sido apresentado, a balança de transações não tem o equilíbrio que se desejava; não houve um único orçamento que tivesse cumprido as metas do défice, e a dívida é hoje superior à que existia no início do programa”.

“Temos uma estratégia para o Algarve, importa agora trabalhar para a transformar, no tempo certo, em propostas para o programa eleitoral e para o programa do próximo governo” disse António Eusébio, anunciando a realização de uma Convenção Regional em Abril, “precisamente para debater com maior detalhe os desafios com que nos confrontamos, e assim, congregar o apoio de uma larga maioria dos Algarvios”.

O presidente do PS-Algarve apontou as áreas sociais, da saúde, da economia e do emprego e da reforma do Estado como setores de intervenção estratégica para afirmar o região no contexto nacional e “interromper uma dinâmica de retrocesso social, de empobrecimento e de desvalorização dos direitos”.

Por outro lado, segundo o líder dos socialistas algarvios, “a estratégia de recuperação de emprego exige promover o emprego nos sectores competitivos da região e recuperar o emprego dirigido aos desempregados de muito longa duração”, que perderam o emprego numa idade em que o regresso à vida ativa é mais difícil, e por isso, “precisamos de desenvolver políticas ativas de emprego e definir políticas públicas de emprego”.

No domínio da reforma do Estado, António Eusébio defendeu a desgovernamentalização e legitimação democrática pelos autarcas da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e o fortalecimento a integração territorial das políticas públicas, absorvendo alguns dos atuais serviços regionais desconcentrados, bem como a valorização do papel da Comunidades Intermunicipais e o reforço de competências das Câmaras Municipais.

No Algarve, além destas estratégias, “temos de repensar o modelo económico, trabalhar o tecido empresarial com os Municípios e fazer a sua ligação à Universidade, nomeadamente, no turismo e tudo o que envolve no Algarve, na promoção do uso sustentável do mar e dos seus recursos, no investimento do conhecimento sobre o mar como ativo estratégico e na valorização da orla costeira. Temos também de explorar o potencial económico da agricultura e florestas, promovendo o desenvolvimento rural e fomentando uma gestão sustentável do território.

Na sua intervenção, precedida de um minuto de silêncio pelo ataque aos valores da “liberdade, igualdade e solidariedade” e em memória das vítimas do atentado á redação do periódico Charlie Hebdo em Paris, Isilda Gomes defendeu a necessidade do PS apresentar propostas eleitorais exequíveis para merecer a confiança dos portugueses.

A dirigente nacional dos socialistas sublinhou que “se o PS falhar, é a própria democracia que fica em causa, porque ninguém vai acreditar mais nos partidos políticos”, incentivando os responsáveis regionais a não caírem na tentação de “prometer mundos e fundos e depois não podermos cumprir!”

“Para os nossos concidadãos, a luz ao fundo do túnel chama-se Partido Socialista e o PS não pode desiludir os portugueses, nem pode enganá-los”, referiu Isilda Gomes, sublinhando que “sempre estivemos disponíveis para levantar Portugal nos momentos piores, congregando os portugueses para uma alternativa de governo que lhes devolva a esperança”.

O secretário-geral do PS, António Costa, estará no Algarve no dia 1 de fevereiro (domingo), para cumprir uma agenda de contatos regionais e presidir a um almoço de militantes e simpatizantes em Tavira.

 

Por  PS/Algarve