A faturação das empresas gestoras de clínicas privadas e hospitais públicos em regime de parceria público-privada diminuiu 12,6%, para 1.660 milhões de euros em 2020 face a 2019, segundo um estudo da Informa D&B.
De acordo com um estudo setorial da consultora empresarial, este recuo resultou sobretudo do desempenho da gestão dos hospitais públicos, cujo volume de negócios “registou uma forte quebra”, de 38%, para os 249 milhões de euros, “em consequência do fim da concessão do Hospital de Braga, em setembro de 2019”.
Já o volume de negócios resultante apenas da gestão de clínicas privadas desceu 6%, “para o que contribuiu a crise sanitária”, situando-se nos 1.411 milhões de euros.
Em relação aos seguros de saúde, o estudo aponta que, “em 2019 e 2020, manteve-se a tendência ascendente deste setor, com aumentos de faturação de prémios de 8,6% e 8,4%, respetivamente”.
“Em 2020 estes resultados estarão associados à queda da sinistralidade e adiamento de consultas e intervenções não urgentes, em consequência da pandemia de covid-19”, refere.
A oferta privada com fins lucrativos, incluindo os estabelecimentos com gestão privada, era constituída, em abril de 2021, por 59 clínicas e 4.264 camas, correspondente a uma média de 72 camas por estabelecimento.
Por distritos, Lisboa concentrava 24% das clínicas operacionais, seguindo-se o Porto, com 19%, e Braga e Faro, com 12% e 10%, respetivamente.
O trabalho da Informa D&B aponta ainda que “a oferta do setor apresenta uma forte concentração, que tem vindo a aumentar nos últimos anos na sequência das fusões e aquisições realizadas por grandes grupos”.
“Em 2020 os dois operadores principais detinham, conjuntamente, uma quota de mercado de aproximadamente 60%, sendo esta percentagem superior a 90% quando se considera o grupo dos cinco principais operadores”, precisa.