Exposição «Estamos aqui porque voámos» de Maria José Oliveira no Museu Municipal de Faro

09:55 - 07/06/2021 FARO
Depois da sua participação na recém-inaugurada exposição da Gulbenkian, Tudo o que eu quero– Artistas Portuguesas de 1900 a 2020, Maria José Oliveira apresenta no Museu Municipal de Faro, no âmbito do ciclo de arte contemporânea Eklektikós, a exposição Estamos aqui porque voámos.

Nesta mostra, Maria José Oliveira, apresenta um conjunto de obras construídas a partir de objectos heterogéneos, marcados pela usura do tempo e carregados de poderosa energia simbólica que, associados à ideia darwiniana, convocam-nos à reflexão sobre a real dimensão humana.

De facto, o título Estamos aqui porque voámos, alude ao longo caminho já percorrido pela humanidade. Contudo, temo ser inevitável a interrogação: teremos nós algum mérito na demorada jornada, ou a nossa existência é apenas um feliz acidente no curso natural da evolução das espécies? 

A inauguração da exposição acontece dia 12 de junho, às 18:00 horas, e ficará disponível para visita até ao dia 1 de julho, no Museu Municipal de Faro. 

Sobre a artista: 

Maria José Oliveira (Lisboa, 1943), inicia o trabalho com cerâmica no final dos anos 60, com a aprendizagem da técnica de fornos de chão, com o mestre Albino — considerado o último oleiro arcaico em Portugal. Entre 1973 e 1976, aprofunda o seu conhecimento deste material, com o Curso de Cerâmica do IADE. Em 1978/79, estuda escultura no Ar.Co. em Lisboa, onde, de 1991 a 1995, é professora convidada. Foi apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian para a execução de todo o trabalho necessário à exposição “Dimensões da Vida na Terra”, para o Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, em 1999. 

Expõe regularmente desde 1982, em Portugal e no Estrangeiro. A sua obra integra prestigiadas colecções como a da Fundação Carmona e Costa, a da Fundação PT e a Fundação EDP. Em 2017, realiza a importante retrospectiva “Maria José Oliveira 40 anos de Trabalho”, na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa, afirmando a sua obra como uma das mais relevantes da arte contemporânea portuguesa.