No passado dia 20 de Novembro, em Lisboa, milhares de trabalhadores de todos os distritos do País manifestaram-se por uma política de valorização do trabalho e dos trabalhadores e por um país desenvolvido que dignifique quem trabalha -e trabalhou - e produz a riqueza.

Marcaram presença trabalhadores - incluindo reformados e pensionistas - de vários setores, como sejam os das Autarquias Locais, hotelaria, comércio, serviços, transportes, CTT, construção, banca e seguros, forças policiais e de segurança, da cultura, professores, enfermeiros, vidreiros, corticeiros, metalúrgicos, químicos, têxteis, gráficos, pescadores, entre outros.

A esta Manifestação associaram-se, na parte da manhã, trabalhadores da Região Autónoma da Madeira, tendo participado numa arruada no Funchal sob o lema “Andar para trás não! Avançar é preciso!”, e, na própria Manifestação em Lisboa, activistas do Movimento pela Paz, concretamente o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), utentes de Saúde em defesa do SNS, e, ainda, utentes a exigirem o fim das portagens nas auto-estradas.

Os trabalhadores jovens também se fizeram representar, nomeadamente através da Interjovem/CGTP-IN, reivindicando políticas alternativas para solucionar problemas como os baixos salários, os custo de habitação, os horários de trabalho desregulados ou ainda os ritmos de trabalho cada vez mais intensos, expondo uma situação em que persiste a precariedade, nomeadamente através dos contratos a termo resolutivo, dos falsos recibos verdes ou o recurso às empresas de trabalho temporário.

A juventude trabalhadora apontou problemas graves que persistem na legislação laboral portuguesa, como por exemplo a norma criada em 2019 que alarga o período experimental, para jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração, para seis (6) meses, focando que o problema a classe patronal tanto se refere sobre a dificuldade em contratar trabalhadores, como por exemplo na hotelaria e restauração, não se deve a uma qualquer falta de vontade em trabalhar, mas sim nas condições que lhes são oferecidas, nomeadamente salários e horários dignos.

Os manifestantes aprovaram, no final da Manifestação, uma Resolução com reivindicações concretas, traduzindo a sua vontade para o exercício de uma política alternativa, destacando-se salários, reformas e pensões dignos (em que se inclui a reivindicação do aumento do Salário Mínimo Nacional para 850 euros), valorização das carreiras e profissões, combate efectivo à precariedade, redução do horário de trabalho (sem perda de retribuição) para as 35 horas semanais (em que se inclui a exigência do combate efectivo à desregulação dos horários), revogação das normas gravosas da legislação laboral, o reforço dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, ou ainda a própria garantia da efectivação da liberdade sindical em todas as empresas e locais de trabalho.

Considerando o atrás exposto, o Eleito da CDU propôs que a Assembleia de Freguesia de Odiáxere delibera-se

1.Saudar os trabalhadores que participaram e se associaram à - Manifestação Nacional convocada pela CGTP-IN no dia 20-11-2021;

2. Saudação à CGTP-IN, à União dos Sindicatos do Algarve da CGTP-IN

Esta Proposta foi aprovada apenas com uma abstenção do PSD.