Dia Mundial do Rim assinala-se a 12 de Março

12:09 - 18/02/2015 SAÚDE
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia assinala, no dia 12 de Março, o Dia Mundial do Rim que, com o tema “Saúde Renal para todos”, visa elucidar a população para o que é a Doença Renal Crónica e para a importância da prevenção e de um diagnóstico precoce.

De acordo com Fernando Nolasco, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN): “Se o diagnóstico for feito na fase inicial da doença, esta pode ser controlada e tratada”. E acrescenta: “Numa fase avançada, a doença renal crónica pode também afetar a função óssea, levando a que o doente sofra de constantes fraturas, dores crónicas, problemas vasculares e até morte prematura”.

A Doença Renal Crónica caracteriza-se pela existência de uma lesão renal que se faz acompanhar de um declínio mais ou menos lento mas progressivo das funções dos rins. É uma doença que pode atingir qualquer pessoa, independentemente do género ou idade, mas cuja incidência é maior no sexo masculino e nos adultos, o que faz com que seja considerada uma doença que atinge sobretudo as idades mais avançadas.

Em geral, a doença renal crónica evolui sem sintomas até às fases mais avançadas mas podem, no entanto, existir alguns sinais como a tensão arterial elevada, o urinar com mais frequência, sobretudo durante a noite, o aparecimento de urina espumosa, a fadiga causada por anemia relacionada com o “sofrimento” renal, o inchaço nos olhos e nos membros inferiores, principalmente ao acordar e ao final do dia, a falta de apetite, as náuseas e os vómitos, quando os valores da ureia no sangue já são muito elevados.

Fernando Nolasco reforça que “a Doença Renal Crónica é mais fácil prevenir do que tratar e por isso é importante limitar a ingestão de álcool, suspender o tabaco, fazer exercício físico, controlar a hipertensão arterial e a diabetes, fazer uma alimentação variada, com alimentos frescos, rica em vegetais e frutos, pobre em gorduras, sem excessos de proteínas e com a ingestão de pouco sal”.

A Doença Renal Crónica afeta cerca de 500 milhões de pessoas em todo o Mundo e é classificada como um sério caso de saúde pública.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem atualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

 

Por LPM Comunicação / Sociedade Portuguesa de Nefrologia