Faleceu na madrugada de hoje o padre António Ferreira, membro da comunidade algarvia da congregação do Santíssimo Redentor (redentoristas) que tem a seu cargo as paróquias de Barão de São João, Barão de São Miguel, Bensafrim, Luz, Santa Maria e São Sebastião de Lagos.
O sacerdote, de 79 anos, que faleceu hospital de Portimão vítima de doença prolongada, fez parte, com mais dois sacerdotes, do grupo fundador de missionários redentoristas no Algarve.
O missionário redentorista, natural da freguesia de Pinheiro de Lafões, concelho de Oliveira de Frades, distrito de Viseu, onde nasceu no dia 5 de julho de 1943, entrou com 11 anos no seminário da sua congregação em Vila Nova de Gaia.
Do Seminário Redentorista de Cristo Rei seguiu com 17 anos para Espanha, primeiro para Nava del Rey, onde realizou o noviciado e depois para Valladolid, onde estudou três anos de filosofia e outros três de teologia, tendo regressado no sexto ano a Portugal para terminar os estudos.
Em 1967 foi então para Lisboa frequentar o Seminário da Luz, ao abrigo da constituição de um instituto de estudos superiores para religiosos. Naquele ano, mesmo antes da ordenação sacerdotal, chegou a trabalhar na construção civil.
Foi ordenado em Fátima no dia 15 de agosto do mesmo ano pelo cardeal patriarca de Lisboa D. Manuel Cerejeira, por ocasião do cinquentenário das aparições. Depois de ordenado continuou o estudo de teologia e realizou o estágio pastoral no instituto que já frequentava.
Em 1969 veio para Lagos, tendo feito parte juntamente com mais dois sacerdotes do primeiro grupo de missionários redentoristas que veio para o Algarve para fundar a comunidade redentorista na diocese. Esteve três anos em Lagos e depois foi chamado para cumprir o serviço militar como capelão. Foi para Lisboa, fez o tempo de preparação na Academia Militar, tendo privado com D. António dos Reis Rodrigues que foi capelão daquela instituição e vigário geral do Ordinarato Castrense.
A chefia militar chamou-o para Angola em dezembro de 1973 e esteve no sul do país com outros missionários redentoristas, responsáveis por várias missões. Nunca esteve na frente da Guerra Colonial porque ela era travada mais para o norte do país.
Regressou a Portugal em agosto de 1975 e foi para a Amadora, responsável de uma comunidade que já era vicariato paroquial na altura: a atual paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro da Venda Nova. Ali trabalhou durante 36 anos.
Em 2011 foi para Madrid (Espanha) estudar pastoral e quando voltou a Portugal no ano seguinte foi enviado de regresso para o Algarve, onde esteve até agora.
A missa exequial, seguida do funeral, está prevista para a próxima quarta-feira, às 11h00, na igreja paroquial de São Sebastião de Lagos.
Por: Folha de Domingo