O rigor histórico vai ser uma das principais preocupações da organização dos Dias Medievais de Castro Marim, que espera acolher dezenas de milhares de visitantes, entre quarta-feira e domingo, disse à agência Lusa o presidente da Câmara.
Os Dias Medievais de Castro Marim cumprem este ano a sua 23.ª edição e, entre os destaques, estão os desfiles de abertura e encerramento, a animação proporcionada por cerca de 30 grupos nacionais e internacionais e a representação de 45 artes e ofícios, num recinto que inclui o centro da localidade, o forte de São Sebastião e o castelo da vila, segundo dados avançados pela organização.
“O que é importante é manter o rigor destes dias Medievais, o rigor histórico, e isso tem sido apanágio dos nossos Dias Medievais e estamos a lutar para que isso aconteça, é claro que com a colaboração dos funcionários da Câmara, do comércio e das associações locais, porque a vila está toda envolvida nesta feira medieval”, afirmou Francisco Amaral.
O autarca reconheceu que, após dois anos de paragem forçada pela pandemia de covid-19, as perspetivas apontam para a presença de dezenas de milhares de pessoas, à semelhança do que tem acontecido com outros eventos realizados no Algarve, que estão a ser alvo da procura de visitantes e turistas.
“Estamos preparados para receber os milhares de pessoas que vão vir aqui visitar a terra nestes cinco dias”, assegurou o presidente da Câmara de Castro Marim, sublinhando que a localização geográfica da vila, junto à fronteira com Espanha, no Baixo Guadiana, permite também contar com muitos visitantes provenientes do outro lado da fronteira.
O autarca considerou que Castro Marim tem “a particularidade de estar ao lado de Espanha” e, “como não há nada deste género aqui ao lado, muitos dos que visitam os Dias Medievais vêm de Espanha”.
A Câmara de Castro Marim também salientou a “preocupação com o rigor histórico” como uma das marcas do evento, que vai contar com vários palcos, um mercado medieval, teatros de rua, malabaristas, zaragateiros, cuspidores de fogo, gaiteiros, equilibristas, espadachins e contorcionistas.
“A música medieval, música e dança árabe-oriental, música sacra, danças medievais, encantadores de serpentes, arruadas e ainda demonstrações de falcoaria” são outros dos atrativos que a organização, a cargo da autarquia, preparou para esta retoma do evento após dois anos de paragem.
O Castelo continua a ser “palco principal dos Dias Medievais” e conta com uma montagem o “mais leal possível à Idade Média”, onde poderão ser vistos espetáculos como “torneios medievais a cavalo” ou o tradicional banquete medieval, este só disponível mediante reserva, à “luz misteriosa das tochas”.
“A ementa reúne as melhores iguarias da época medieval e durante a ceia os comensais são entretidos pelas performances dos grupos de animação”, acrescentou o município.
A organização destacou ainda que o evento está “pensado para as famílias” e oferece locais “destinados às crianças”, tanto “no castelo (junto à loja medieval)”, como “na vila (junto à Igreja Matriz e na Rua dos Combatentes da Grande Guerra)”, onde estão disponíveis “oficinas, jogos, carrosséis e contadores de histórias”.