O presidente da Câmara de Albufeira, José Carlos Rolo, pede à população para utilizar a água de uma forma «consciente e parcimoniosa», evitando desperdícios e recordando que «pequenos gestos» podem «poupar vários litros de água por minuto».
“Há pequenos gestos que podem fazer a diferença e que permitem poupar vários litros de água por minuto, nomeadamente na utilização da cozinha, casa de banho, lavandaria, jardim, piscinas e hortas” realça José Carlos Rolo citado num comunicado de imprensa.
O autarca também solicita aos munícipes que “sempre que observem” uma rotura de água na rede pública, em marcos e bocas-de-incêndio, torneiras de segurança junto aos contadores, aspersores de rega mal direcionados ou danificados e ligações indevidas ao sistema de abastecimento público devem informar os serviços municipais.
O comunicado elenca em seguida uma série de medidas que este concelho algarvio tem vindo a adotar com vista à redução do consumo de água da rede pública numa altura em que a situação de seca severa assola o país e a região.
Entre as principais medidas adotadas consta o encerramento das piscinas municipais durante os meses de agosto e setembro, o fecho de fontes ornamentais, a utilização de águas residuais para rega de espaços públicos, sendo a rega efetuada preferencialmente durante a noite.
Outras medidas aplicadas vão desde a implementação do sistema de rega gota a gota, à suspensão da rega em alguns setores dos espaços verdes, principalmente em zonas de relva, a instalação de medidores de pressão para efeitos de monitorização e a redução do tempo de rega em aproximadamente 30% para a generalidade dos locais.
A maior parte destas medidas de combate à seca na região têm sido aprovadas desde o início do ano ao nível da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).
Na última reunião, em 15 de julho último, os 16 presidentes de câmara do Algarve adotaram a última bateria de medidas, como o encerramento das piscinas municipais públicas durante o mês de agosto e, eventualmente, todo o mês de setembro (com exceção das piscinas abertas nos territórios mais do interior).
Na altura, o Conselho Intermunicipal algarvio aprovou ainda o encerramento das fontes ornamentais, a redução dos dias de rega e a paragem da rega dos espaços verdes públicos relvados com reconversão por espécies autóctones e com necessidades menores de disponibilidade hídrica.
A seca prolongada no continente está a afetar as culturas, levou a cortes no uso da água e obrigou aldeias a serem abastecidas com autotanques.
Desde outubro do ano passado até agosto choveu praticamente metade do que seria o normal, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).