Durante cinco animados dias e cinco misteriosas noites, o evento regressou com todo o seu rigor histórico e participaram de mais de 30 grupos de animação, nacionais e internacionais. Por palcos distintos da vila, desde o mercado medieval até ao Castelo, aconteceram artes e performances, desde teatros de rua, grupos “passa calles”, malabaristas, zaragateiros, cuspidores de fogo, gaiteiros, equilibristas, espadachins e contorcionistas, música medieval, música e dança árabe-oriental, música sacra, danças medievais, encantadores de serpentes, arruadas e ainda demonstrações de falcoaria. Foi também a maior afluência de que há memória.
No palco Castelo, foram representadas mais de 45 artes e ofícios, como os torneios medievais a cavalo. Outra das grandes atrações, foram os banquetes, que decorreram num espaço exclusivo e à luz misteriosa das tochas. A ementa reuniu as melhores iguarias da época medieval e durante a ceia os comensais foram entretidos pelas performances dos grupos de animação.
Além da animação, participaram nos Dias Medievais centenas de pessoas trajadas, que colaboraram para que esta fosse uma viagem verdadeiramente inesquecível. Pelas ruas e ruelas, foi possível encontrar reis e rainhas, cavaleiros de armaduras reluzentes, bobos e jograis, comerciantes, monges, damas e nobres, mas também criaturas mitológicas, monstros, criaturas demoníacas e mágicas, que explicavam tudo o que ainda era vago e impreciso.
Este foi um evento pensado para todas as famílias.
Um destaque para os espaços destinados à animação infantil, com muitas novidades, novas oficinas, jogos e carrocéis, que fizeram as maravilhas das crianças durantes estes dias.
A Recriação Histórica no Forte de S. Sebastião foi outro dos palcos deste evento., ocupado pela Associação Companhia Livre, a “Guarnição Militar Século XVII – A Restauração”, com exposições temáticas e demonstrações de esgrima e de equitação.
Como Eco Evento, estes Dias Medievais foram também assinalados pelo maior rigor nas questões da sustentabilidade ambiental, segurança e saúde. A redução e separação de resíduos foi uma das garantias desta 23ª edição, bem como um maior investimento na prevenção e intervenção, quer na área da segurança quer do socorro, com equipas preparadas e equipadas com desfibrilhadores.
O Município de Castro Marim destaca ainda a exímia colaboração das associações locais, que exploraram os parques de estacionamento e as tasquinhas no castelo e no mercado medieval, com ementas repletas de iguarias da época, angariando importantes fundos para as suas atividades anuais. Com igual distinção, o concurso dos estabelecimentos aderentes, cada vez mais com mais participantes e mais envolvidos, neste repto lançado pela autarquia como estímulos à participação e envolvimento da comunidade no evento.
Num difícil contexto pós-pandémico, o Município de Castro Marim decidiu avançar com o evento já em março, o que se traduziu numa organização sustentada em muitos esforços, desde funcionários, dirigentes, associações, empresas, castromarinenses e visitantes, sublinha a vice-presidente Filomena Sintra. O significativo aumento do número de visitantes condicionou algumas decisões, que foram reformuladas durante o evento, nomeadamente de bilheteira, pelo que se lamentam eventuais constrangimentos.
Os Dias Medievais de Castro Marim foram uma organização do Município de Castro Marim, em pareceria as Associações Locais e o apoio institucional da Região de Turismo do Algarve, Direção Regional de Cultura do Algarve, Tavira Gran-Plaza, Município de Guérande e Município de Blain.