Esta edição de “Gazeta de Lagoa” tem o número 1446 e publica-se nos termos da Lei de Imprensa. Tem a periodicidade anual, sendo que a edição anterior, número 1445, foi posta a circular a 20.5.2021. A lei obriga-nos à publicação de uma edição por ano, indiferentemente do dia e mês, segundo a ERC. Ou seja: entre 1 de janeiro e 31 de dezembro!
Esta edição tem o formato reduzido de 30x21 cm, semelhante às edições números 1 (5.4.1989) à 477 (16.7.1999), formato (32x23cm) que se prolongou por cerca
de10 anos e 3 meses. É um jornal pequeno? Talvez sim e talvez não… mas é o suficiente para dizer que “ainda estamos vivos”… graças a Deus e ao nosso esforço de sobrevivência!
Nesta edição não serei complacente. Aproveito para dar o “Grito do Ipiranga” e continuar a “malhar em ferro frio” para que a memória seja, mesmo, memória.
Vamos aos factos… que eram Notas deliberadamente retiradas do texto principal desta edição:
Nota 1: O socialista, ex-bancário, ex-Vereador e ex-Vice-Presidente da CML, Luís António Alves da Encarnação foi eleito Presidente, cargo que já vinha exercendo desde 2019, em substituição do duplo dissidente político, enfermeiro Francisco José Malveiro Martins, devido à sua desmedida “ambição de poder” (ex-PSD e ex-PS), para formar e liderar o MLP - Movimento Lagoa Primeiro, sendo de lembrar que ele, numa parceria maldosa, verrinosa e ultrajante com o seu ex-Adjunto na CML Carlos Alvo - outro dissidente do PS, para também se encostar ao MLP (tendo sido eleito para a Assembleia de Freguesia de Ferragudo… - foram os principais culpados pela “morte” de “Gazeta de Lagoa” (após quase 30 anos de publicação) e pelo fim da minha (e nossa) família como residentes em Lagoa…
Não há perdão!
Nota 2: Francisco Martins e Carlos Alvo, no sentido de reduzir a nossa atividade laboral, profissional e financeira, “inventaram” formas de dificultar - embora legalmente mas extemporâneas e castradoras de direitos - qualquer apoio ao nosso semanário através do recurso à elaboração de normas e Cadernos de Encargos que nos impediram de continuar a faturar não só a Assessoria de Imprensa, bem como todo o tipo de publicidade, mesmo aquela que a Lei obrigava à publicação em “Gazeta de Lagoa”… situação que, em parte, conseguimos ultrapassar, criando uma empresa… legal, pagando impostos e taxas. Entretanto os apoios, através da publicidade, foram canalizados para o jornal quinzenário “Lagoa Informa”! De uma penada, tirou-nos todo o pão da boca…
Não há perdão! Há irracionalidade, que a história de Lagoa não esquecerá!
Nota 3: Ao longo da nossa presença humana e profissional em Lagoa, desenvolvemos variadíssimas formas de louvar os “filhos da terra” e os que, não o sendo, se destacaram e deram visibilidade regional, nacional e internacional a Lagoa e aos seus cidadãos. Recordo, por exemplo, o facto de ter “pedido”, “lembrado” ou “sugerido” o nome de um filho da terra que, por si só, ajudou ao conhecimento de um Concelho… que foi crescendo à custa da “imagem de homens de valor”.
Quero referir-me ao General Vasco Joaquim Rocha Vieira, natural de Lagoa, onde nasceu a 16.8.1939, militar de carreira, último Governador de Macau, detentor, entre muitas outras, da Medalha de Mérito Municipal de Lagoa, grau ouro, atribuída a 30.4.1991, sete dias depois de ter sido nomeado como último Governador de Macau.
Porque a história também se escreve em vida, desde a presidência de José Inácio, sugeri que o seu nome fosse dado ao Auditório Municipal de Lagoa e à Rua do Centro de Saúde. A mesma sugestão transmiti ao Presidente seguinte, Francisco José Malveiro Martins. Ambos acharam a ideia excelente… dizendo que talvez, que sim!
Só que a ambição política deste último levou-o, miseravelmente, a atribuir, ao Auditório Municipal de Lagoa, o nome do fadista Carlos do Carmo… que nunca teve nada a ver com Lagoa… já que estava em jogo um lugar na política para Francisco Martins… (uma troca de favores?) o que veio a acontecer com um curto “salto” para a Secretaria de Estado da Saúde e, depois, um outro, embora mais curto para a ARS de Faro... ambos fogo de pouca dura!
Ameacei impugnar, judicialmente, essa aberrante deliberação política… e a Francisco Martins saiu-lhe o “tiro pela culatra”!... Nem Secretário de Estado, nem Ministro!!! Tenham dó!...
Assim, seguindo o meu pensamento de gratidão, lucidez e combatividade, sempre disse, desde o tempo do Presidente José Inácio, que talvez tenha chegado a momento de atribuir o nome do General Rocha Vieira à rua do Centro de Saúde que, pela sua extensão e localização, bem poderá ser designada de Avenida General Rocha Vieira, filho de Lagoa há 83 anos e alguns meses!... porque é em vida que se deve ser grato com a destacada atuação de alguém…
É tempo, pois, de remediar o erro, fazendo-se justiça! O perfil humano, de político, de serviço à Nação e de militar de Rocha Vieira, não deixa dúvidas… ou será que deixa?
Os cidadãos e os políticos sabem que a “política sempre me fascinou… e a justiça também!”