Câmara de Lagos adquire edifício de arquitetura militar do século XVII

16:27 - 20/01/2023 LAGOS
A Câmara de Lagos tomou posse dos armazéns da Praça Infante Dom Henrique, imóvel de arquitetura militar construído no século XVII e adquirido por ajuste direto ao Ministério da Defesa Nacional por 238.000 euros, divulgou o município.

O auto de entrega do imóvel, conhecido como Armazém Regimental, que oficializa a passagem da sua posse para o município algarvio, foi assinado pelo 2.º Comandante do Comando da Logística, em representação do Exército Português, e pelo presidente da Câmara de Lagos, anunciou a autarquia do distrito de Faro.

Em comunicado, a Câmara de Lagos refere que “o ato [de posse] marca o culminar de um processo de contactos e negociações que decorria já há algum tempo”, sem especificar a duração do processo.

O edifício encontrava-se na posse do Estado, afeto ao Ministério da Defesa Nacional sob a responsabilidade do Comando da Logística, entidade que assegura as atividades do Exército Português na administração dos recursos materiais, de movimentos e transporte e infraestruturas.

O presidente da Câmara de Lagos, Hugo Pereira, citado na nota, disse que “a prioridade do município é conservar este património, reabilitar o espaço, dotando-o de mais condições para a realização de atividades culturais, e devolvê-lo depois novamente à fruição da comunidade”.

Com uma área total de cerca de 234 metros quadrados, o edifício de arquitetura militar está situado na Praça Infante Dom Henrique.

A sua construção remonta a 1665, com o objetivo de armazenar os produtos transportados pelas naus que aportavam em Lagos.

A fachada principal ostenta sobre cada uma das portas, um escudo de Armas do Reino do Algarve e, entre eles, a chancela do Conde de Avintes, integrando duas portadas de madeira, encimadas por um frontão barroco.

O edifício encerra “o derradeiro exemplar de um conjunto de Sete Passos (oratórios) da Via Sacra que se encontravam espalhados pela cidade, supondo-se que neste local terá existido a Igreja de S. Brás”, conclui a nota.

 

Por: Lusa