O Percurso Eco-Botânico Manuel Gomes Guerreiro é o primeiro a nível nacional exclusivamente dedicado à flora mediterrânica.

O ex-presidente da República Ramalho Eanes inaugurou no passado dia 10 de março, em Querença, o Percurso Eco-Botânico Manuel Gomes Guerreiro, de quem era amigo.

Ramalho Eanes encerrou a cerimónia de inauguração, acompanhado pela mulher, Manuela Eanes, que deixou plantada uma oliveira naquele que é o único jardim mediterrânico ‘in situ’ do Algarve.

Vítor Aleixo, Presidente da Câmara Municipal de Loulé, destacou aquele como “um dia memorável” para a cidade e para o Algarve. O edil louletano lembrou ainda que este projeto junta a “natureza e cultura na ecologia do futuro”.

A obra, que ocupa uma área de 1,5 hectares, foi projetada pelo arquiteto paisagista Fernando Santos Pessoa e desenvolve-se numa encosta virada a sul, integrando mais de uma centena de espécies, algumas delas protegidas ou em vias de extinção, incluindo árvores e arbustos, plantas medicinais, herbáceas e bolbosas.

O percurso eco-botânico teve um orçamento de mais de 200 mil euros e foi financiado pelo Programa CRESC Algarve 2020, no âmbito do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), sendo a Câmara Municipal de Loulé parceira e cofinanciadora do projeto.

Manuel Gomes Guerreiro, que nasceu em Querença em 1919 e faleceu em 2000, foi o primeiro reitor da Universidade do Algarve e um conhecido académico e engenheiro silvícola.

António dos Santos Ramalho Eanes é um militar e político português, foi o 16.º Presidente da República e o primeiro democraticamente eleito após a Revolução de 25 de Abril de 1974.

A Fundação Manuel Viegas Guerreiro é uma instituição privada de utilidade pública, sem fins lucrativos, criada em 2000 que tem como objetivo principal ser um “agente cultural promotor do desenvolvimento regional a partir do interior do Algarve, animando e promovendo a região através de grandes eventos culturais e artísticos, potenciando a investigação a todos os níveis”.