Ribadeneira

09:40 - 24/04/2023 OPINIƃO
GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com | mscosta2000@gmail.com

Ribadeneira (fig. Brasão) é topónimo originário do rio Neira, afluente do rio Minho e está o apelido associado a uma lenda, do tempo de Santiago, acerca do príncipe cego, irmão da Rainha Lupa da Galiza…

Após a Reconquista do Algarve (1249), surge o Senhorio d'Alte, atribuído a João Gomes de Ribadeneira, quarto filho do capitão de Ribadeneira, que se distinguira na Batalha de Navas de Tolosa em 1212. Segundo o arquivo da Casa d'Alte, João Gomes acompanhou Paio Peres Correia, Mestre da Ordem de Santiago, na Reconquista, passando depois ao serviço de D. Afonso III .

A igreja Matriz d’Alte, terá sido fundada, como capela dedicada a Nossa Senhora da Assunção, por ordem de Dona Bona, como agradecimento pelo regresso do seu esposo, o 2º Senhor d’Alte, da Oitava Cruzada (1270).

Rui Lourenço de Ribadeneira, casou com Dona Aldonça de Sarria (filha de Lopo Estevens de Sarria e de Isabel da Fonseca) e ficou Morgado d’Ator em 1484.

João Mendes de Ribadeneira, filho dos anteriores, foi Fidalgo da Casa Real e entre 1487-1495 Alcaide-mor de Loulé. Foi casado com Isabel de Aragão (filha de Rodrigo Estevens de Aragão).

Outro João Mendes de Ribadeneira, nasceu na Farrobeira em 1566, filho de Lourenço Afonso de Ribadeneira e de Maria Raposa e casou em 1590 com Isabel de Taíde e em segundas núpcias, em 1598, com Joana Faleiro de Mendonça. Foi “tabelião de notas” de Loulé.

Manuel de Ataíde Ribadeneira, o 17º senhor d'Alte e Alcaide-mor de Albufeira, participou ativamente, entre 1637 e 1640, nas movimentações contra o Rei Espanhol. Após a morte de seu pai no campo de batalha, em 1639, o senhor d'Alte transformou a Serra num centro de resistência contra o domínio Espanhol. Durante a “Guerra da Restauração” recrutou no seu Morgadio um regimento de cavalaria que ofereceu a D. João IV. Como recompensa o Rei fá-lo Comandante.

Duarte Melo de Ribadeneira, o fidalgo d'Alte em 1690, mandou construir o “Tanque Grande” para receber as águas desviadas da Ribeira para a rega.