GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com | mscosta2000@gmail.com

O apelido Faleiro é o aportuguesamento de Phaleron, o principal porto de Atenas, antes de finais do século V a.C.

Demetrius Phaleron fez parte do Governo de Atenas e foi o primeiro Bibliotecário da Grande Biblioteca de Alexandria (317-307 a.C.).

Deste apelido, partiram da Grécia para outras paragens. Encontrou-se Vitale Faliero de Doni, casado com Cornela Bembo, natural de Faleri "casato" de Fano, que foi 32º Doge de Veneza (1084-95) e está sepultado na Basílica de S. Marcos (1096).

Também Marino Faliero foi o 55º Doge de Veneza (1354-55).

Francisco Vicente Faleiro é o primeiro do apelido conhecido em Portugal (1330).

Estácio Faleiro, filho do anterior, era em 1369, Alcaide-Mor de Serpa.

Martim Afonso Faleiro foi pregoeiro (1394-1402) do Concelho, segundo as Actas de Vereação de Loulé.

Também de Loulé era Joana Faleiro de Mendonça (filha de Francisco Rodrigues Neto e de Oriana Jorge), casada com João Arrais, em cerca de 1530, ambos falecidos antes de 1597.

Rui (fig.) e Francisco Faleiro eram irmãos cosmógrafos e acompanharam Fernão de Magalhães na ida para Castela em 1517. Nasceram na Covilhã em cerca de 1495, tendo Rui falecido em Sevilha, de loucura, em 1525 e Francisco em 1567.

Os irmãos Faleiro foram os primeiros a calcular a longitude. Mesmo não tendo participado na viagem de circunavegação de Fernão de Magalhães (1519-22), foram os seus conhecimentos que permitiram verificar o meridiano acordado nos Tratados de Alcains e de Tordesilhas (1494) que repartiam o Globo Terrestre entre Portugal e Castela.

A verificação e correção do meridiano custou a vida a Magalhães na Ilha de Mátan (Filipinas), em luta com os indígenas do chefe Lapu Lapu, impacientes com a demorada estadia dos exploradores na sua ilha. Não ficavam no hemisfério Português, ao contrário do que se pensava, tanto o Japão, como as Filipinas, desde então assim chamadas. A conquista do Japão por Castela não foi bem sucedida, pois os Nipónicos sabiam fabricar armas de fogo desde a chegada de Fernão Mendes Pinto em 1543…