A deputada do Bloco exige saber que esforços serão realizados (pelo Governo) para a manutenção da empresa e dos seus 44 postos de trabalho, na eventualidade de haver lugar um despedimento coletivo na sequência do processo de insolvência.
A empresa Litográfica do Sul, sediada há 67 anos em Vila Real de Santo António, encontra-se num momento de incerteza, tanto para a sua continuidade como empresa de referência nacional, como para os seus 44 trabalhadores que anseiam uma resolução para o seu futuro e das suas famílias.
No passado dia 25 de março, os trabalhadores da Litográfica do Sul foram confrontados com a afixação do despacho de nomeação do administrador judicial provisório. Dois dias depois, dia 27, foi-lhes comunicado, por parte da atual administração da empresa, não haver liquidez financeira para o pagamento dos salários do mês de março e que a administração estava em negociações com um investidor com o objetivo de manter em funcionamento a empresa. Se estas negociações falhassem a empresa encerraria portas e os trabalhadores seriam alvo de um despedimento coletivo.
Isto acontece no momento em que a Litográfica do Sul se encontra num Processo Especial de Revitalização (PER), embora, segundo os trabalhadores e o sindicado, não se vislumbrem quaisquer planos para a viabilidade da empresa, apesar do número de encomendas se aproximar das 90.
Os trabalhadores da empresa aguardam um desfecho para a situação titubeante em que se encontram. A confirmar-se o encerramento seguido de despedimento coletivo, será a certeza de não voltarem a ter um novo emprego, após os mais de 40 anos a desempenharem uma tarefa especializada na Litográfica do Sul. Para todos, é a garantia que serão lançadas no desemprego, mais 44 pessoas num concelho onde a taxa de desemprego atingia em janeiro deste ano os 16%.
Refira-se que a situação destes trabalhadores já era incerta desde o início do ano, tendo o assunto sido levado à Assembleia Municipal de Vila Real de Santo António, que apelou à urgente intervenção da Câmara Municipal e do Governo, no sentido de salvaguardar os postos de trabalho. Os autarcas foram unanimes em assinalar a importância fundamental desta empresa para o concelho de Vila Real de Santo António.
Ler aqui a pergunta dirigida ao Ministério da Economia.
Por BE Algarve