A Câmara Municipal de Lagos e o Agrupamento de Escolas Júlio Dantas celebraram um protocolo de parceria no âmbito da candidatura para a criação de Centros Tecnológicos Especializados (CTE), na Área Industrial e na Área da Informática, apresentada ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O objetivo é reforçar a atratividade das formações de nível secundário de dupla certificação em domínios de especialização que requerem mão-de-obra qualificada e se inserem num processo de mutação tecnológica acelerada pelos desafios da transição climática e da transição digital.
O CTE Informático contempla a oferta dos cursos de Técnico/a de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos e de Programador/a de Informática. Já o CTE Industrial agrega cursos de Técnico/a de Pastelaria/Padaria, de Cozinha/Pastelaria, de Restaurante/Bar e de Turismo.
As candidaturas a financiamento através do PRR visam a modernização e melhoria da capacidade técnica e pedagógica dos espaços educativos e formativos, mas também a qualidade e o alargamento da oferta formativa, assim como a sua adequação às necessidades sociais locais e das empresas. Este investimento pretende, ainda, repercutir-se no perfil dos alunos que acedem ao ensino superior e/ou ao mercado de trabalho.
Merece recordar que também o Agrupamento de Escolas Gil Eanes tem Centros Tecnológicos Especializados a funcionar, designadamente um CTE Industrial e um CTE de Energias Renováveis, no âmbito do qual prevê disponibilizar no próximo ano letivo a seguinte oferta formativa, com alguns cursos de continuidade e outros novos: Eletricidade Naval; Mecatrónica Automóvel; Eletrónica, Automação e Comando; Técnico de Eletrotecnia; Técnico Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos; Técnico Instalador de Sistemas Térmicos de Energias Renováveis; e Técnico de Proteção Civil.
Os agrupamentos de escolas e o município de Lagos veem nestas candidaturas a oportunidade de reforçar a cooperação entre instituições, com o objetivo estratégico de aumentar a capacidade de resposta do sistema educativo e formativo, combater as desigualdades sociais e de género e aumentar a resiliência do emprego, sobretudo dos jovens e adultos com baixas qualificações.