No passado, no concelho de Faro, as políticas públicas de Habitação surgiram e bem, para resolver situações de carência e pobreza extrema.
Hoje assistimos a uma alteração de paradigma.
Faro é hoje um dos concelhos do País, onde o preço por m2 de habitação é mais elevado, e onde as rendas são inacessíveis.
Os mais idosos, os estudantes, os professores, o sector da saúde e ainda a classe média em geral, confrontam-se, com a impossibilidade de aceder a uma habitação, quer por via da aquisição, quer por via do arrendamento, devido ao baixo poder de compra, motivado por condições laborais precárias, baixos salários ou pensões reduzidas, conjugado com a forte pressão imobiliária a que estão sujeitos.
A falta de habitação no concelho de Faro, dificulta a fixação de quadros no SNS e no ensino, bem como a emancipação dos jovens e outros trabalhadores em geral.
Sabemos que existem em Faro cerca de 420 casas devolutas. Sabemos também que recentemente se inscreveram 750 famílias aproximadamente, para aquisição de 90 habitações a custos controlados. Não sabemos neste momento se houvesse um concurso para fogos de habitação social, quantas centenas de famílias haveria a concorrer.
Os números falam por si e são assustadores, reveladores sem dúvida, da falta de resposta para a habitação em Faro.
Contudo, foi aprovada no passado dia 5 de julho de 2023, em sede de Assembleia Municipal, a revisão de Estratégia Local de Habitação, para o concelho de Faro, que o PS saúda.
Esta estratégia resulta do PRR, que disponibiliza, verbas avultadas para a habitação até 100%, para as autarquias efectuarem as suas candidaturas.
A grande vantagem do PRR, está na dotação da verba, que é alocada a nível nacional, ou seja não tem limites regionais.
Temos em Faro uma oportunidade única, para resolvermos o assunto da habitação, pois temos os instrumentos aprovados e temos dinheiro disponível no PRR, disponibilizado pelo Governo.
Por tudo isto, o PS Faro, pede à Câmara Municipal de Faro, liderada pelo executivo PSD/CDS, o máximo de celeridade, na preparação de projetos e processos, para a construção de habitação em Faro, bem como rapidez nas apresentações das respetivas candidaturas, antes que se esgotem os fundos, pois é sabido que o prazo termina em 2024.
