Nos primeiros dias de Julho o Museu do Traje irá receber a exposição ORIGEM, da autoria de Maria João Gomes que permanecerá disponível ao público até meados de setembro. A empreita de palma algarvia, outrora considerada como um “ofício menor”, ganha através do trabalho da artista uma modernidade, e sobretudo uma dignidade, que desde há muito atravessou as suas fronteiras naturais. O seu percurso profissional é vertiginoso, quebrando à partida todos os limites oferecidos por uma fibra vegetal endémica votada ao abandono nas últimas décadas. O caminho mais recente de Maria João Gomes, refletido nesta exposição, aproxima-a da arte conceptual diluída no sonho de um modo de vida idealizado. Com o artesanato cada vez mais distante, valores como o equilíbrio ambiental e uma estranha ecologia romântica sugerem-nos um futuro imprevisível.

 

Maria João Gomes, 55 anos, é natural de Oeiras. Considera-se uma artista escultora do mundo vegetal. É a criadora da marca algarvia “Palmas Douradas“ com intuito de tecer um elo entre os entrançados vegetais utilitários do passado (empreita) e o contemporâneo Arte/design.

 

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